Na terça-feira (22), o Banco Central (BC) divulgou que ocorreu uma exposição de informações de 238 chaves Pix pertencentes a clientes da Phi Serviços de Pagamentos S.A. (Phi Pagamentos). Esse incidente marca o quinto episódio de vazamento de dados desde a introdução do sistema de pagamentos instantâneos em novembro de 2020. 

Segundo o BC, a divulgação ocorreu por causa de falhas pontuais em sistemas da instituição de pagamento. A autarquia ressalta que os mecanismos de segurança e de monitoramento do Pix minimizaram a extensão dos dados cadastrais vazados, limitando a exposição a 238 chaves Pix ou menos de 0,00004% das mais de 630 milhões de chaves cadastradas no Diretório de Identificadores de Contas Transacionais (DICT). 

O Banco Central comunicou que a exposição ocorreu nos dados cadastrais, não tendo impacto sobre as transações financeiras. Informações protegidas pelo sigilo bancário, como saldos, senhas e extratos, não foram comprometidas. Apesar de não ser estritamente necessário reportar o incidente dada a sua potencial mínima repercussão sobre os clientes, a instituição decidiu tornar público o ocorrido como parte do seu compromisso com a transparência. 

Todas as pessoas que tiveram informações expostas serão avisadas por meio do aplicativo da Phi Pagamentos ou do internet banking da instituição. O Banco Central ressaltou que esses serão os únicos meios de aviso para a exposição das chaves Pix e pediu para os clientes desconsiderarem comunicações como chamadas telefônicas, SMS e avisos por aplicativos de mensagens e por e-mail. 

A exposição de informações não implica automaticamente no vazamento completo de todos os dados, mas sim na sua visibilidade temporária para terceiros, o que poderia permitir a sua captura. O Banco Central esclareceu que uma investigação será conduzida e que medidas punitivas podem ser implementadas. Conforme previsto na legislação, penalidades como multas, suspensões e até a exclusão do sistema Pix podem ser aplicadas, de acordo com a gravidade da situação.