Irmão mandou matar Janes Castro por causa de herança do Grupo Toureiro

Com exclusividade, o Portal Encarando.com teve acesso ao inquérito, que concluiu a investigação do assassinato do empresário, Janes Cavalcante de Castro, um dos herdeiros da rede de farmácias do Grupo Toureiro, morto em setembro de 2020, em Parnaíba.

Uma extensa investigação que perdurou quase três anos concluiu que o irmão de Janes, Gerardo Ponte Cavalcante Neto, foi o mandante do crime, e a principal motivação foi uma briga por causa de herança do Grupo Toureiro. Conforme o inquérito concluído ontem (14 de abril), "Janes Castro era o filho preferido de Dona Adalaide. A mãe estava pagando todas suas dívidas (...), Gerardo passou temer perder o posto de único responsável e provável herdeiro do Grupo Toreiro. (...) Tirando Janes do seu caminho, o mandante poderia ficar com tudo que havia construído dentro da empresa dos pais".

Ainda de acordo com o inquérito, o mandante passou a interferir diretamente na investigação. Através do seu advogado, Geraldo entrou com um habeas data com o intuito de ter acesso a todos os atos sigilosos da investigação, e com isso conseguir sempre estar a um passo à frente da polícia.

Um dos depoimentos revelou que Geraldo sempre se mostrou descontente com as dividas da vítima, nas quais a mãe deles estava ajudando Janes a quitar, e que Geraldo xingava o irmão de ladrão e o acusava que ele desviava dinheiro da J. Castro para o Toureiro.

Crime

No dia 18 de setembro de 2020, Janes Cavalcante Castro estava dirigindo um veículo quando começou a ser perseguido por dois homens em uma motocicleta. No bairro Frei Higino, em Parnaíba, a vítima foi alcançada e alvejada por disparos de arma de fogo. Janes foi atingido e ainda perdeu o controle do carro, que acabou se chocando contra o muro de uma residência. Janes Castro era advogado e dono de uma imobiliária.

 

Fonte: reprodução 

Participação dos envolvidos no crime

GERARDO PONTES CAVALCANTE NETO – o Mandante a todo tempo acompanhava de perto a investigação. Sua esposa era a Chefe da 1a Vara Criminal do Juri de Parnaíba. A investigação, estava sempre um passo atrás dele. 

FLÁVIO LEAL DOS SANTOS - Flávio foi o elo entre o Mandante (Gerardo Pontes Cavalcante Neto) e o responsável por distribuir, organizar e pagar os pistoleiros que vieram de Pernambuco e Alagoas ( Mario Roberto Bezerra, vulgo NINO)

CARLA MARIAH GALENO DE MELO LEAL – esposa e cumplice de Flávio Leal, emprestou sua conta para o marido poder usar nas transferências e receber dinheiro do crime.

 IGOR FERNADEZ – é o “laranja” de Mario Roberto Bezerra, emprestava o nome para cadastrar terminais telefônicos usados no crime, assim como para ocultar bens oriundo de atividades ilícitas.

ELISABETH RUTH RANGEL , vulgo “BETH” – responsável por ocultar os bens do casal, efetuar os pagamentos para os pistoleiros. Fez o pagamento na conta de Robervan para que eles pudessem usar no crime e na Fuga. 

Pedido de prisão preventiva 

Delegado Maikon Kaestner, responsável pela investigação, solicitou a prisão preventiva de Gerardo, caso não seja acatada pela Justiça, ele solicitou também prisão domiciliar com utilização da tornozeleira eletrônica, além da retenção do passaporte e afastamento do cargo de Diretor do Grupo Toreiro.

Ronda Nacional falou sobre o envolvimento do irmão

Há duas semana, o programa Ronda Nacional, apresentado por Silas Freire, comentou o caso e divulgou a informação sobre movimentações bancárias que revelavam o suposto envolvimento do irmão Geraldo.