Nesta quinta-feira, 29 de agosto de 2024, a Polícia Federal deu início à Operação Front Stage, voltada para apurar suspeitas de desvios de recursos públicos na Secretaria de Cultura do Piauí. As investigações se concentram nas gestões dos secretários Carlos Anchieta e Fábio Novo, durante os anos de 2020 e 2021, período em que Wellington Dias ocupava o cargo governador do estado.
De acordo com as informações do portal GP1, a operação tem como objetivo principal combater práticas ilícitas que resultaram no mau uso de verbas destinadas à cultura no estado, prejudicando projetos e iniciativas culturais que dependiam desses recursos .
Cerca de 25 policiais federais e dois auditores da CGU/PI foram mobilizados para cumprir seis mandados de busca e apreensão nas cidades de Teresina e Floriano/PI. Todas as ordens judiciais foram expedidas pelo Tribunal Regional Federal da 1ª Região.
As investigações tiveram início a partir de notícia crime recebida sobre o caso, cujas diligências promovidas pela PF e pela CGU permitiram identificar vínculos e transações financeiras entre as pessoas jurídicas supostamente favorecidas e agentes públicos da referida Secretaria, sendo que um deles apresentou evolução patrimonial incompatível com os seus rendimentos em período posterior à realização dos mencionados editais culturais.
Além disso, algumas transações identificadas apresentam indícios de que parte dos recursos foi repassada a pessoas físicas e jurídicas com características de pessoas interpostas e empresas de fachada, a fim de promover a lavagem de dinheiro. No total, as pessoas jurídicas investigadas receberam R$ 1,67 milhão em premiações custeadas com recursos da Lei Aldir Blanc.
Os investigados podem responder pelos crimes de associação criminosa, peculato e lavagem de capitais, cujas penas máximas somadas chegam a 25 anos de reclusão.
A PF possui o canal Comunica PF para o recebimento de denúncias. Através deste canal, podem ser apresentadas informações sobre crimes de forma ágil, segura e acessível. As notícias apresentadas são analisadas por autoridade competente, que verifica a existência de indícios da prática de crimes. O usuário tem a opção de informar os seus dados ou apresentar manifestação de forma anônima.