
O ministro Alexandre de Moraes determinou na noite desta quarta-feira (4) a abertura de um novo inquérito para investigar obstrução de Justiça por parte da deputada Carla Zambelli (PL-SP).
Na decisão, Moraes manda que a PF ouça a deputada em até 10 dias, por escrito, uma vez que ela está fora do país. O magistrado determina ainda que o Banco Central informe, detalhadamente, os valores e os remetentes de PIX recebidos por Zambelli nos últimos 30 dias.
Ela será investigada pelos crimes de coação no curso do processo e obstrução de investigação de infração penal que envolva organização criminosa.
Condenada pelo STF a 10 anos de prisão pela invasão aos sistemas CNJ, Zambelli anunciou nesta semana que deixou o país. Nesta quarta-feira (4), a deputada teve a prisão preventiva decretada por ordem de Moraes.
“As diversas entrevistas da ré indicam que a sua fuga do território nacional se reveste, além da tentativa de impedir a aplicação da lei penal, também, na reiteração das condutas criminosas de atentar contra as Instituições, por meio de desinformação para descredibilizar das instituições democráticas brasileiras e de interferir no andamento de processos judiciais em trâmite nesta Corte”, afirma Moraes.
Na decisão, Moraes cita que Zambelli indicou que adotaria "o mesmo modus operandi" de Eduardo Bolsonaro, que também é investigado pela Corte por conspirar, junto aos Estados Unidos, contra o governo brasileiro.
"“O caminho nos Estados Unidos já está asfaltado (pelo Eduardo Bolsonaro e pelo Paulo Figueiredo). É justamente por isso que estou escolhendo a Europa", disse Zambelli em entrevista à CNN na última terça-feira.
Ainda nesta quarta (4), a Polícia Federal encaminhou um pedido de inclusão do nome de Zambelli na lista de difusão vermelha da Interpol. Segundo apurou a CNN, a organização já recebeu o pedido e vai avaliá-lo. Se aprovado, Zambelli se torna foragida em 196 países, incluindo Estados Unidos e Itália.
Fonte: CNN