Sintepi acusa Cepisa Equatorial de realizar 600 demissões ilegais

O Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias Urbanas do Estado do Piauí (Sintepi), afirma que a Equatorial Energia S/A, que ganhou o leilão da Cepisa está demitindo um número muito grande de funcionários de forma ilegal. De acordo com o órgão sindicalista, cerca de 600 pessoas já foram desligadas da empresa.

O início do embate entre o Sindicato e a Equatorial, teve início em outubro de 2018, quando o serviço de abastecimento de energia do estado foi privatizado. No mesmo mês, inúmeras demissões foram realizadas pela empresa, e segundo o Sintepi, a maioria foi de forma irregular, além de descumprir o acordo coletivo de trabalho.

“Dentro de 30 dias forma demitidos 42 trabalhadores. Com o fato, o sindicato recorreu a justiça para solicitar a reintegração dos funcionários e suspensão das demissões. Então, a empresa abriu um plano de desligamento voluntários, onde cerca de 600 trabalhadores aderiram, e ainda assim, as demissões ilegais continuam sendo realizadas”, disse Paulo Sampaio, presidente do Sintepi.

Entretanto, a direção da distribuidora  afirma que todas as demissões estão sendo realizadas dentro da legalidade e justifica que foram realizadas modificações no quadro de funcionários para melhorar a prestação de serviços, não houvendo nada fora de legalidade.

“A Cepisa tem excelentes profissionais em todas as áreas e nós manteremos muitos deles, mas outros, não cabem, pelo tamanho da empresa e o custo com isso. Não trabalhamos com nada ilegal, é tanto que nós revogamos a decisão no STF”, disse Nonato Castro, presidente da Cepisa.

Entenda o processo

Em 30 de outubro de 2018, a juíza da 1ª Vara do Trabalho de Teresina, Thania Maria Bastos Lima Ferro, determinou a reintegração dos funcionários demitidos pela Equatorial, e também a abstenção de novos atos demissionais.

 Já no mês de novembro de 2018, a decisão da Vara do Trabalho foi derrubada pela presidente do Tribunal Regional do Trabalho, Liana Chaib, por entender que não houve demissão em massa. Então, o Sindicato recorreu ao Tribunal Superior do Trabalho (TST) e aguarda julgamento.