Investigação dos prints atribuídos a João Rodrigues continua sem resposta

A polêmica das ‘fake news’ envolvendo o coordenador estadual de Comunicação, João Rodrigues, parece estar longe de ser resolvida. Há um pouco mais de um mês, o gestor foi à delegacia registrar um boletim de ocorrência para que se investigasse a autoria do que ele chamou de “imagens montadas / falsificadas”, com supostas conversas no Whatsapp entre ele e Marciano Valério Arrais, administrador do grupo virtual ‘Xico Prime’ e entre o assessor da Ccom Hielbert Ferreira.

Foram 22 prints que citavam desde o governador, Wellington Dias, até o presidente do Tribunal de Justiça, além de vários nomes de supostos envolvidos em escândalos, como a Operação Topique. Nos diálogos, João Rodrigues negociava a não veiculação de ataques ao governo.

O caso ganhou uma grande repercussão e o governador Wellington Dias (PT), chegou a solicitar uma investigação da Polícia Federal. “Foi autorizada uma investigação no Estado, porque, o que a gente verifica, é crime de chantagem. Não é razoável, não é tolerável, que se tenha quem quer que seja usando qualquer forma de comunicação como instrumento de chantagem”, declarou o governador.

No entanto, o tempo passou e nenhuma resposta foi dada, até o momento. O caso, que segundo a polícia, seria resolvido em questões de dias, já está a mais de um mês sem nenhuma solução.

O delegado-geral da Polícia Civil, Luccy Keiko, afirmou que ainda falta muito para que o inquérito seja concluído. Segundo ele, as investigações caminham a passos um poucos mais lentos, por barrarem na questão da política de privacidade do WhatsApp.

“É importante ressaltar que é ilícita a prova obtida por meio da análise de aparelhos telefônicos de investigados sem a prévia autorização ou de prévia autorização judicial. Além disso, temos que ver a questão dos termos de privacidade do WhatsApp. Toda comunicação via esse aplicativo, é protegida por criptografia de ponta, dessa forma, o acesso ao conteúdo de mensagens fica mais difícil e restrito. Por isso, as investigações sobre esse caso estão um pouco mais demoradas, mas isso não significa que ele não será solucionado”, disse Luccy.

Ao ser questionado sobre o prazo para a conclusão do inquérito, o delegado afirmou que não pode ser preciso em relação a datas. “Não temos como repassar uma data de conclusão, o que podemos adiantar, é que já conseguimos a autorização do WhatsApp para seguir em frente com as investigações. Ainda não chegamos a nenhum suspeito, até porque, para isso, precisamos descobrir de onde partiram essas mensagens e isso só será possível depois de uma análise mais minuciosa”, concluiu o delegado.

Relembre alguns dos prints!