A ação iniciou, na segunda-feira (1º), e incluiu visitas a produtores de mel durante os dois primeiros dias. Ao todo, oito empresas do Reino Unido, Polônia, Bangladesh, Espanha, Tailândia e Emirados Árabes participam da rodada de negócios. Foram duas empresas bangladeshianas e polonesas, enquanto os demais países foram representados por uma empresa de cada.
O presidente da Investe Piauí, Victor Hugo, explica que os produtores de mel do Norte e Nordeste têm no encontro a oportunidade de apresentar a produção a compradores estrangeiros. "Eles fizeram visitas técnicas e conheceram o mel orgânico do Piauí na região de Picos e Oeiras. É um evento focado em negócios e comercialização", aponta o gestor.
O Piauí apresentou seis produtores em um contexto de crescimento na produção de mel, sendo o maior exportador do produto no Brasil. O mel piauiense foi responsável por 36,6% das vendas estrangeiras em 2023, movimentando 31,2 milhões de dólares. Empresários de outras regiões do país também apresentaram a produção durante o evento, totalizando 25 empresas.
Gustavo Dias, gerente de Comércio Exterior da Investe Piauí, ressalta que o Exporta Mais valoriza o principal produto industrializado do estado. "O mel é o quarto produto da nossa pauta exportadora. Hoje, Oeiras é a cidade que mais exporta mel no Piauí. Levamos oito compradores que conheceram de perto a realidade, além de todo o potencial. O feedback dos empresários é positivo, porque nosso mel é naturalmente orgânico e seguro", acrescenta o gestor.
Clarissa Furtado, que faz parte da Gerência de Competitividade da ApexBrasil, agradeceu o apoio da Investe Piauí. "A ideia é gerar negócios e sensibilizar as empresas sobre a possibilidade de exportar, criando conexões entre quem exporta e quem vende. Os compradores tiveram a oportunidade de ver a produção na prática", aponta a técnica.
Investidores e produtores
Janete Dias, gerente da Cooperativa Mista dos Apicultores da Microrregião de Simplício Mendes (Comapi), com mais de 300 produtores, revela que eles apostam no produto. "O mel é um superalimento. O brasileiro só se lembra dele quando está resfriado. A ideia é melhorar a venda dentro do mercado interno também", finaliza a produtora.