A temperatura deve subir ainda mais no Piauí nos próximos dias. É isso o que aponta o alerta emitido pelo Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) nesta quarta-feira (27). O alerta vermelho para a onda de calor que atinge o país foi ampliado e prevê que as temperaturas subam pelo menos 5°C em 187 cidades piauienses. Significa dizer que a sensação térmica, que já passa dos 40°C em alguns horários, pode chegar a até 45°C.
O alerta vermelho para onda de calor foi publicado ontem (27) e deve durar até as 18h da quinta-feira (28). O aviso aponta risco severo à saúde e orienta a população a acionar a Defesa Civil pelo número 193 em caso de emergência. É recomendado aos moradores das cidades atingidas evitar sair ao sol nos horários mais quentes do dia, evitar a prática de atividade física e aumentar consideravelmente a ingestão de líquidos.
No Piauí os municípios afetados pelo alerta vermelho da onda de calor estão localizados nas regiões Sudeste, Centro-Norte e Sudoeste. A nível regional, o alerta abrange também os estados do Ceará, Bahia, Pernambuco, Rio Grande do Norte e Paraíba.
Entenda como funciona uma onda de calor
Uma onda de calor é o aumento anormal das temperaturas em uma determinada área. O fenômeno é causado por sistemas de alta pressão que impedem o ar quente de se movimentar temporariamente, podendo permanecer dessa forma por alguns dias. Sua ocorrência pode estar associada a fatores como a aproximação de frentes frias e o El Niño.
A onda de calor que atinge o Brasil nos últimos tem elevado as temperaturas em algumas regiões para mais de 40°C. Teresina chegou a ocupar o lugar de segunda capital mais quente do país na semana passada em razão do fenômeno.
Onda de calor também pode provocar chuva
A onda de calor que atinge o Piauí nos últimos dias tem causa uma série de efeitos adversos em algumas regiões. No Sul do Estado, por exemplo, houve ventania e chuva forte no começo da semana, especialmente na cidade de Baixa Grande do Ribeiro, onde a Prefeitura precisou adiar os festejos de Santa Teresinha em razão dos danos causados pelo vento à estrutura do evento.
O climatologista Werton Costa explicou que esses episódios de chuva em meio à onda de calor são resultado da interação entre a alta da temperatura e a entrada de umidade, o que acarreta a formação de núcleos de chuva. Ontem (27), foi a vez de Campo Maior registrar precipitação.
“Há muito calor. Temos que ficar atentos à formação de nuvens, porque se der sinalização de chuva, o calor faz com que sejam potencializadas a entrada de umidade e saída de ar seco. Tem carga elétrica muita alta e potencial para vento”.
Fonte: PORTAL O DIA