Suspeito de envolvimento na morte do ganhador da Mega-Sena é preso

O governo estadual informou neste sábado (17) que prendeu um dos suspeito de matar Jonas Lucas Alves Dias, de 55 anos, ganhador de R$ 47,1 milhões na Mega-Sena em 2020. O crime ocorreu na terça-feira (13) em Hortolândia (SP).

A delegada Juliana Ricci, da Deic de Piracicaba (SP), que está à frente das investigações, informou que o caso foi elucidado e convocou uma entrevista para 16h30 deste sábado, quando dará novas informações.

O anúncio foi feito pelo governador Rodrigo Garcia (PSDB), que tenta se reeleger, na tarde deste sábado (17). Ele disse que "um dos suspeitos" foi detido, mas não detalhou se há outros investigados.

Prêmio motivou o crime

Antes da prisão, Polícia Civil já havia afirmado que a morte de Jonas Lucas foi motivada pelo prêmio de R$ 47,1 milhões da Mega-Sena.

Segundo a delegada Juliana Ricci, uma tentativa de saque de R$ 3 milhões foi feita via aplicativo de mensagens.

'Era simples'

Vizinho do milionário da Mega-Sena, o aposentado João Batista Alves contou que muita gente nem acreditava que Jonas tinha ganhado a bolada em razão de como ele levava uma vida simples.

"Era igual a gente, pessoa simples, que andava de chinelo, tranquilo, sempre passava aqui, sempre atencioso com a gente. A polícia tem que encontrar [o assasssino], de qualquer maneira", disse.

Quem conhecia Jonas Lucas há décadas garante que ele não mudou nada com o prêmio milionário recebido.

"Eu fui muito comprar com ele quando trabalhava no depósito. [Após o prêmio] era a mesma pessoa, não mudou nada, continuou como se nada tivesse acontecido", lembra Luiz.

O crime

Jonas foi raptado depois de sair para caminhar na última terça (13), sendo abandonado às margens de uma rodovia de Hortolândia (SP) com sinais de espancamento no dia seguinte - ele foi socorrido, mas morreu no hospital. Durante o período em que ficou sob poder dos criminosos, cerca de R$ 20 mil foram retirados de suas contas e houve uma tentativa de transferência de R$ 3 milhões, sem sucesso.

A advogada da família relatou à polícia que a vítima havia levado apenas carteira e documentos para a caminhada. Ao final do dia, como não foi mais possível contatá-lo, familiares registraram ocorrência de desaparecimento na delegacia eletrônica. Depois de ser encontrado, o homem foi socorrido pelo resgate da concessionária Autoban ao Hospital Mário Covas, mas não resistiu.