Durante uma publicação feita no Diário Oficial, na sexta-feira(11), o comandante geral da Polícia Militar do Piauí, coronel Lindomar Castilho, instaurou uma Comissão de Oficiais para investigar o cabo Cleiton Alves Landim, acusado do tráfico de armas.
Segundo a portaria, na operação policial deflagrada no dia 28 janeiro deste para apuração de prática de tráfico de drogas e associação para o tráfico na região de São Raimundo Nonato, foi constatado o "envolvimento do acusado em prática reiterada e contínua, em condições de tempo, lugar, maneira de execução e outras semelhantes, adquirir, vender e expor à venda, em proveito próprio, de atividade comercial, arma de fogo, acessório e munição, sem autorização ou em desacordo com determinação legal ou regulamentar, bem como cobrar juros sobre dívidas em dinheiro superiores à taxa permitida por lei, com a agravante de ser militar".
No campo administrativo, o acusado cabo Cleiton Alves será investigado por cometer ofensa à honra pessoal, do pundonor militar e o decoro da classe. Ao final do processo administrativo, a comissão deverá emitir um relatório com parecer conclusivo pela culpabilidade ou não do imputado e sua consequente capacidade de permanência ou não na instituição.
O comandante da PM determinou ainda o afastamento dos acusados das atividades de policiamento ostensivo, até a emissão do relatório do Conselho de Disciplina.
ENTENDA O CASO:
Ocorreu no dia 1º de outubro em Teresina, a prisão do cabo Cleiton Alves Landim, suspeito de comercializar armas e munições na região de São Raimundo Nonato, no Sul do Piauí, onde ele era lotado. A prisão foi parte da segunda fase de uma operação da Polícia Civil do Piauí em combate aos crimes de tráfico de drogas, de armas e de munições.
Conforme a Polícia Civil, o policial comprava armas e munições de terceiros sem os devidos registros e documentações e comercializava com civis e outros policiais. Segundo a polícia, essas armas poderiam ser utilizadas para crimes. O PM também é investigado por associação criminosa, porque a polícia acredita que ele não atuava sozinho.