O pai e o avô de Maria Camila Ferreira, de 16 anos, que foi encontrada morta em um matagal na Zona Sudeste de Teresina depois de passar três dias desaparecida, relataram ter medo de que a família sofra represálias dos criminosos que assassinaram a adolescente.
“O que a gente quer é só levar, enterrar ela lá. A gente não quer represália com esse pessoal. A gente está temendo por isso. O que eu me pergunto é: esses infelizes que fizeram isso com ela não têm irmã? Não têm pai, não têm mãe?”, questionou Francisco Soares, pai de Maria Camila.
O pai comentou que a adolescente havia dito à mãe, dias antes de desaparecer, que recebeu ameaças de morte.
“O que ela relatou para a mãe uma vez foi que iam matar ela. Ela chegou chorando, e disse ‘mãe, vão me matar, vão me matar’. A mãe perguntou o que ela tinha feito, e ela disse ‘nada’. Acho que ela queria proteger as irmãs, a família”, disse.
A partir daí, os pais de Camila buscaram formas de tirar a adolescente da vizinhança, como enviá-la para alguma instituição de apoio a usuários de droga, mas ela desapareceu antes que eles conseguissem. Segundo eles, a jovem era usuária de drogas.
Maria Camila havia sido vista pela última vez na segunda-feira (25), quando saiu de casa acompanhada por uma amiga da vizinhança. À noite, a família recebeu uma foto da adolescente e áudios com a voz de Camila chorando.
fonte: g1 Piauí