O Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP), através do Núcleo de Feminicídio, segue investigando a morte de Tainah Luz Brasil Rocha, de 26 anos, morta com pelo menos 13 facadasdurante uma briga em uma residência no bairro Mocambinho, no último domingo (15). As envolvidas no caso, Fernanda Maria Lobão Ayres e Geovana Thais Vieira da Silva, a acusada do crime, já prestaram depoimentos no DHPP nessa quarta-feira (18).
Em entrevista concedida para o Ronda Nacional, no comandado do apresentador Silas Freire, o depoimento da acusada foi exibido, que segundo sua defesa, agiu em legítima defesa e em prol da namorada Fernanda Ayres. Geovana Thais deu detalhes de como teria ocorrido a briga que terminou com a morte da filha do jornalista Marcelo Rocha.
“A Tainah morava em um outro estado e ela veio desse estado para Teresina e queria ver a Fernanda e eu falei que tudo bem, não tem problema nenhum não. A gente ficou bebendo normal e quando chegou a noite e foi a hora dela ir embora. Quando ela tava indo embora, eu não sei o que aconteceu. Eu fui lá para fora levar ela até a porta e ela e Fernanda estavam brigando. A Fernanda tava dizendo: ‘tu sabe o que tu fez, não sei o que’. Aí elas começaram a brigar e aí eu fiquei desesperada porque quando eu olhei para o braço da Fernanda e tava cortado. Eu não tinha o que fazer, eu tava tentando tirar a Tainah de cima da Fernanda; a Tainah era muito forte, eu não tenho força”, detalhou Geovana.
A acusada, que foi liberada após uma audiência de custódia na manhã seguinte ao caso, destacou ainda que não teve a intenção de matar Tainah Luz e ainda pediu o socorro inicial após a confusão. “Eu então me desesperei, corri pra cozinha, peguei uma faca e tentei tirar a Tainah de cima dela. Então ela ficou ensaguentada, eu não tive a intenção de matar ela, parece piada, mas não é. Eu não fui num propósito de pegar a faca e ir no pescoço, coração, nada. Na hora isso não veio na minha cabeça. O que aconteceu que eu só comecei. E aí o que aconteceu, quando tirou e acalmou, a primeira coisa que eu fiz foi correr na urgência e pedir pra chamar um médico, enfermeiro pra eles irem ir lá salvar elas”, pontuou.