O pastor Gilmar Santos, um dos suspeitos de ter atuado como lobista no Ministério da Educação (MEC), escreveu em uma rede social nessa quinta-feira que, após da prisão, estava em “profunda reflexão e com o coração quebrantado”. Ele e outras quatro pessoas, incluindo o ex-ministro do MEC Milton Ribeiro, foram alvos de uma operação da Polícia Federal que apura suspeitas de corrupção e tráfico de influência.
O pastor negou ter praticado qualquer irregularidade, afirmou que o país está tomado pelo “ódio e fome de poder, com interesses políticos” e citou uma suposta manipulação da verdade e transparência dos fatos.
“Nosso País está tomado pelo ódio e fome de poder, com interesses políticos manipulando a verdade e a transparência dos fatos. Como sabemos, existe uma luta incansável para enfraquecer o governo eleito”, diz um trecho da publicação.
Nessa quinta-feira, um dia depois da prisão de Gilmar Santos e Milton Ribeiro, o desembargador federal Ney Bello, do Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF-1), aceitou um pedido de habeas corpus apresentado pela defesa do ex-ministro e mandou libertá-lo. Os pastores também foram soltos. A decisão é liminar e vale até o julgamento do caso pela Terceira Turma do TRF-1. A defesa de Ribeiro nega as acusações e diz que não havia motivos para o ex-ministro ser preso.
No mesmo dia, o presidente Jair Bolsonaro afirmou que “exagerou” ao dizer que colocaria a “cara no fogo” por Milton Ribeiro, mas disse que colocaria “a mão no fogo” por ele e por todos os seus ministros. Ele também disse que continua “acreditando” em seu ex-ministro do MEC que, segundo ele, “nem devia ter sido preso”.