Pablo Campos é condenado a 21 anos e 8 meses de reclusão em regime fechado

O réu Pablo Henrique Campos Santos foi condenado a 21 anos e 8 meses de prisão por atropelar e matar Vanessa Carvalho e ferir gravemente a ex-namorada Anuxa Kelly Leite de Alencar. Seu julgamento foi realizado durante esta terça-feira (30) na 1ª Vara do Tribunal Popular do Júri de Teresina. A sentença foi proferida já na madrugada desta quarta (31), pelo juiz Antonio Reis de Jesus Noleto. Pablo ainda foi condenado ao pagamento das custas processuais. Ele pode recorrer da sentença. 

"Os crimes de modo geral afetam a sociedade, causando preocupação e insegurança. No caso em questão, o réu tirou a vida da vítima Vanessa Carvalho, uma jovem de futuro promissor. O réu tentou ceifar a vida da vítima  Anuxa Kelly, também uma jovem, que por pouco não foi a óbito, mas que ficou por muito tempo se recuperando das lesões sofridas. Fixo a pena base com relação à Vanessa Carvalho em 11 anos de reclusão e em relação à vítima Anuxa Kelly em 12 anos de reclusão. Considerando a qualificadora fútil, nesta segunda fase, não há nenhum atenuante em relação às duas vítimas, mas há agravante em relação à vítima Anuxa Kelly, recurso que impossibilitou a defesa da vítima em condição de sexo feminino, assim, tem a pena dessa segunda fase em relação à vítima Vanessa Carvalho em 11 anos de reclusão e em relação à vítima Anuxa Kelly em 16 anos de reclusão. Na terceira fase foram examinadas as causas de aumento ou diminuição da pena. O conselho de sentença reconheceu que o réu agiu em relação à vítima Anuxa Kelly imbuído de pertubação de sua insanidade mental consistente na ingestão de bebida alcoólica, assim é reduzida a pena em 10 anos e 8 meses de reclusão. O réu fica definitivamente condenado a 11 anos de reclusão em relação à vítima Vanessa Carvalho e 10 anos e 8 meses em relação à vítima Anuxa Kelly, cujo somatório são 21 anos e 8 meses de reclusão, devendo cumpri-la em regime fechado em unidade prisional correspondente", disse o juiz.

O empresário deu detalhes do crime em seu depoimento. Ele confessou a autoria, mas alegou esquecimento em diversos pontos devido ao estado de embriaguez em que estava antes do atropelamento, no dia 29 de setembro de 2019. Pablo disse que estava fora de si, havia passado dos limites e que está ‘amargamente’ arrependido pelos acontecimentos.