O delegado Marcelo Leal, gerente de policiamento do interior da Polícia Civil do Piauí, afirmou em entrevista ao repórter Matheus Oliveira, da Rede Meio Norte, que João Rodrigues Neto Dias, marido da Secretária do Trabalho e Assistência Social da prefeitura de São Raimundo Nonato, já vinha recebendo algumas ameaças de morte.
João Rodrigues foi assassinado a tiros na manhã de terça-feira, 13 de setembro, após a vítima ter pegado suas duas filhas na escola. As crianças presenciaram todo o crime que foi filmado por câmeras de segurança.
“Primeiro a gente lamenta muito aquele fato que ocorreu na presença das filhas da vítima. A gente já descartou a hipótese de latrocínio, e desde ontem a gente trabalha no intuito de primeiro identificar o executor. As informações dão conta de que pode se tratar possivelmente de um indivíduo já conhecido das polícias de São Raimundo Nonato. A partir dessa possibilidade algumas diligências foram realizadas pelas forças policiais no intuito de capturar esse suspeito, mas a priori ainda não conseguimos, mesmo assim continuamos nas buscas”, declarou.
Segundo o delegado, o crime pode ter relação com um acidente de trânsito que a vítima se envolveu em julho onde houve uma vítima fatal. “E quanto a motivação do crime está sendo objeto de investigação, mas nos últimos dias a vítima estava sendo ameaçada, recebendo algumas ameaças de morte em razão de uma situação que ela teria se envolvido em um acidente de trânsito onde uma pessoa acabou morrendo e mesmo sem ter qualquer tipo de culpa, a perícia do local foi feita no acidente, ela acabou recebendo algumas ameaças de morte e infelizmente houve essa concretização”, disse.
“Se tratando de uma pessoa de bem na cidade, não há histórico de crimes, nem envolvimento com facções criminosas, com atividades criminosas, com coisas erradas, nós vimos esse como único caminho a perseguir. Vamos nos aprofundar nessas ameaças e ver se tem alguma relação com o envolvimento no acidente de trânsito ocorrido em julho”, informou.
Marcelo Leal disse ainda que o executor não tem nenhuma relação com o acidente, fato esse que faz com que a polícia investigue a hipótese dele ter sido contratado para cometer o crime. “A priori nenhuma ligação, possivelmente ele recebeu alguma recompensa ou possivelmente a promessa de uma recompensa para executar esse crime de uma forma tão fria e tão bárbara. Nós estamos identificando a possibilidade de outros familiares estarem envolvidos de outra forma, mas não na execução de uma forma direta, e sim na contração, no agenciamento, no apoio logístico a esse crime”, declarou.