A Polícia Civil, através do Departamento de Homicídio e Proteção à Pessoa (DHPP), já concluiu e entregou nesta segunda-feira (6), o inquérito que investigou a morte da estudante de jornalismo, Janaína Bezerra, dentro da Universidade Federal do Piauí (UFPI).
A delegada Nathália Figueiredo declarou que Thiago Mayson, 28 anos, principal suspeito pelo crime deve responder por feminicídio, por meio cruel e motivo torpe. A investigação também concluiu que o suspeito violentou a estudante sexualmente depois que a jovem já havia falecido.
O prazo para a investigação encerrava nesta segunda-feira (6), mas o inquérito foi concluído ainda no domingo (5). Segundo a delegada ele foi indiciado com algumas qualificadoras como estupro, vilipêndio de cadáver, já que segundo os exames, ele fez sexo com a vítima morta e também entrou em contradição no depoimento. O suspeito permanece preso.
"Ontem nós fizemos a conclusão do inquérito policial por meio de relatório policial, estávamos no aguardo do laudo cadavérico definitivo da vítima, laudo de local de crime também, laudos que são essenciais para que tenhamos ideia da dinâmica do crime, bem como também uma forma mais precisa a violência que a vitima sofreu. Através da análise de tudo que foi produzido, chegamos a conclusão de homicídio com duas qualificadoras, a titulo de dolo eventual com meio cruel e o feminicídio, pelo menosprezo e discriminação pelo fato de ser mulher, estudo que realmente foi constatado através do laudo, fraude processual, porque através da análise do local de crime foi encontrado uma prova que ele tentou esconder e através do laudo também chegou a conclusão que ele praticou a violência sexual contra a vítima ela já morta", declarou.
De acordo com a delegada, o rapaz vai responder pelo crime considerando que houve dolo eventual, já que a morte teria ocorrido durante a relação sexual.
Indiciado fez fotos da vítima sangrando
A delegada revelou ainda que o indiciado chegou a fazer fotos da vítima durante a violência, enquanto a jovem estava sangrando.
"A causa morte dela se deu por asfixia causada pela luxação da região cervical, havendo compressão da medula, mas isso foi causada no contexto da violência sexual que a vítima sofreu, inclusive, através da análise do aparelho celular do indiciado os peritos conseguiram recuperar imagens que ele teria feito tanto após a primeira violência e a segunda violência sexual, além de fotos após a segunda violência em que a vítima sofreu e já estava com muito sangue, sinais de ejaculação nas pernas, então ela sofreu sofrimento físico e psicológico muito grande", acrescentou a delegada.