Reportagem divulgada pela revista Veja nesta quinta-feira (14) diz que Mauro Cid (foto) confessou à Polícia Federal ter entregado “em mãos” a Jair Bolsonaro parte do dinheiro da venda de relógios de luxo recebidos como presentes de Estado pelo então presidente.
Segundo a revista, o valor seria de US$ 68 mil, com uma parte entregue nos EUA e outra no Brasil. Sempre de acordo com a reportagem, o dinheiro foi depositado na conta do pai do tenente-coronel, o general Mauro Lourena Cid, e dali sacado e enviado a Bolsonaro.
“Em mãos. Para ele”, disse à PF o ex-ajudante de ordens do ex-presidente, conforme o relato da Veja. “A venda pode ter sido imoral? Pode. Mas a gente achava que não era ilegal”, acrescentou.
Depois de passar quatro meses preso, Cid deixou a cadeia no último sábado (9), com tornozeleira eletrônica, depois que Alexandre de Moraes homologou seu acordo de delação premiada com a PF. Antes disso, o tenente-coronel depôs três vezes aos policiais federais; ele falou à PF por mais de nove horas.