Indicado para representar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva na Marcha para Jesus em São Paulo nesta, quinta-feira, 8, o ministro-chefe da Advocacia-Geral da União, Jorge Messias, foi vaiado ao citar o nome do petista para a multidão de evangélicos que participa do ato.
Messias subiu ao palco ao lado da deputada Benedita da Silva, também evangélica, e de outros deputados federais, estaduais, vereadores e prefeitos. O chefe da AGU foi o único convidado a falar do grupo. Ele afirmou que “veio em missão de paz”. Ele chegou a ser aplaudido quando citou um texto bíblico. Mas ao mencionar o presidente da República a plateia reagiu.
“Vim aqui dizer para vocês, a pedido do presidente, que existem em Brasília homens e mulheres que vivem pelo Reino (de Deus) e que nós estamos lá, não pela nossa perna, mas levantados por Deus para cumprir um propósito. Vim para dizer que nosso povo quer paz. Esse é que recado que o presidente pediu que trouxe para vocês”, disse Messias, sendo interrompido por vaias. “E que a paz de Cristo esteja com cada um de vocês”, prosseguiu o ministro, ainda sob vaias.
O Apóstolo Estevão Hernandes, organizador da Marcha, chegou a fazer um gesto com a mão para pedir aos presentes diminuírem as vaias. Estevam foi próximo de Lula nas primeiras gestões do presidente, quando o petista assinou a lei que instituiu o Dia Nacional da Marcha Para Jesus, mas apoiou Bolsonaro na eleição de 2022. Ao Estadão, disse que Lula seria bem-vindo ao evento, se estivesse presente.
O ministro e as autoridades, que incluíam parlamentares do PL, PSD e Republicanos seguraram uma bandeira gigante do Brasil, que foi levada ao público. Ainda no palco, Messias e os parlamentares ouviram o organizador da Marcha para Jesus perguntar aos presentes se, nos próximos anos, “o Brasil será o maior país macumbeiro do mundo ou maior País mais evangélico do mundo”.
Evangélicos participam nesta quinta-feira, 8, da Marcha para Jesus em São Paulo. O ato teve início às 10h, na Luz, na região central da cidade, e seguiubpela Avenida Santos Dumont em direção ao Campo de Marte. Neste ano, o ex-presidente Jair Bolsonaro, que participou em diversas edições da Marcha em 2022, não estará. Convidado, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva também não acompanha o evento que reúne milhares de pessoas na capital paulista.
Fonte; Estadão