O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), afirmou nesta quarta-feira (8) que não será candidato à Presidência da República em 2026 e que apoiará quem o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) escolher para o cargo.
Ao podcast “Flow”, ele não descartou nem a hipótese de o próprio Bolsonaro reverter a inelegibilidade até lá, o que é considerado improvável, mas afirmou que se isso não acontecer será o ex-chefe do Executivo que irá apontar o substituto.
“Não preciso ser candidato à Presidência, não serei e vou apoiar quem o Bolsonaro apoiar”, afirmou, dizendo que já está mais do que realizado com a chegada ao comando de São Paulo.
Segundo o governador, mesmo sem condições de concorrer, Bolsonaro continua sendo o líder da direita no País e, com isso, tem o direito de escolher quem será o nome em 2026.
“Elegível ou não elegível, a gente não sabe o que vai acontecer depois no futuro, acho quem vai ser o candidato da direita que o pessoal tem essa grande curiosidade, quem vai substituir o Bolsonaro é o candidato que ele apontar. Ou vai ser ele ou o candidato que ele apontar e é com ele que eu vou”, reforçou.
Tarcísio rejeita Republicanos no governo Lula e admite saída da sigla
O governador criticou a aproximação de seu partido, o Republicanos, com o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e abriu espaço até para uma saída da legenda caso a união se concretize.
“Eu sou contra. Pra mim, eu não gostaria de ver o meu partido fazendo parte da base do governo”, afirmou, após deixar um evento no Palácio dos Bandeirantes.
O governador foi, então, questionado, se poderia sair do partido caso isso aconteça, e deixou a possibilidade em aberto: “É uma coisa que eu vou avaliar com o partido.”
O Republicanos está em negociações com o governo e já tem até um nome indicado para assumir um ministério: o deputado federal Silvio Costa Filho (PE). O ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, já chegou a dizer abertamente que Lula escolheu Silvio Costa Filho, assim como André Fufuca (PP-MA) como integrantes da Esplanada, faltando definir apenas qual pasta eles ocuparão.
Fonte ; Estadão