
A mesma Câmara que enterrou a CPI da Água numa encenação mal disfarçada, protagonizada pelo seu propositor, vereador Petrus Evelyn, agora acende mais duas comissões de inquérito: a CPI do Rombo Financeiro , cujo “pai” é o vereador Dudu do PT e, mais recentemente, a tão comentada CPI do Lixo. A coluna recebeu informações de que, se levarem a investigação a sério, vão encontrar autoridades meladas até o pescoço com contratos e esquemas ligados ao lixo. Estariam ali empoeirados figurões com mandato, ex-autoridades que ainda posam de paradigmas da moralidade, e personagens dignos de um episódio de A Grande Família , só que sem o humor. A pergunta que fica é direta: vão mesmo mexer nesse vespeiro ou tudo não passa de barganha, jogo de cena e permuta de silêncio? Para a população, seria essencial que pelo menos uma dessas CPIs entregasse algum resultado concreto. Caso contrário, melhor encerrar antes de começar — para não repetir o vexame da CPI da Água.
PT fecha questão contra Ciro e pode repetir “efeito Wellington Dias” de 2022.

O presidente estadual do PT, ex-deputado João de Deus, anunciou que o partido decidiu fechar questão contra qualquer apoio interno ao senador Ciro Nogueira (Progressistas). A decisão, tomada em reunião recente, funciona como uma espécie de “caça às bruxas” dentro da sigla: petista que declarar apoio a Ciro poderá ser punido. A movimentação relembra um episódio recente: nas eleições de 2022, o PT apostou todas as fichas na vitória de Wellington Dias ao Senado e concentrou forças exclusivamente na campanha de Rafael Fonteles ao governo. O partido achava que Wellington já estava eleito — e quase pagou caro por isso. No fim, venceu por uma margem apertada contra Joel Rodrigues. Agora, o risco é repetir o erro: focar tanto em combater Ciro Nogueira que acabem deixando Rafael de lado, acreditando novamente que ele já está eleito — apenas com os votos do PT. A história recente mostra que subestimar o adversário e superestimar o capital eleitoral próprio pode custar caro.
Governo estadual mantém empréstimos no escuro.

O Portal Dito Isto publicou em sua página na internet que, diante de mais de uma dezena de empréstimos realizados nos governos petistas, resolveu solicitar esclarecimentos sobre esses contratos: valores, taxas de juros, prazos de pagamento e o andamento de cada um. Mesmo com o uso da Lei de Acesso à Informação, o governo estadual não forneceu as informações solicitadas. Segundo o portal, o governador Kanark se recusou a responder, descumprindo o que é um direito de todo cidadão: o acesso transparente aos atos da administração pública.
Federação entre MDB e Republicanos tem entraves regionais, mas deve sair do papel.

A articulação para a federação entre MDB e Republicanos — ligado à Igreja Universal — avança, mas ainda enfrenta resistências em alguns estados. O principal impasse está na Paraíba, onde o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos), e o senador Veneziano Vital do Rêgo (MDB) ainda não conseguiram dividir o mesmo palanque. Apesar do entrave paraibano, em outros estados a federação se mostra mais viável. No Piauí, por exemplo, o cenário é mais favorável para as duas siglas. O MDB deve recuperar força e conseguir trazer sua bancada de volta, evitando uma chapa cruzada com o PSD. Já o Republicanos tende a manter nomes estratégicos: Jardiel Júnior, se resolver seus problemas judiciais, terá uma reeleição mais tranquila; e até Gessivaldo, que estava de saída, deve permanecer na legenda ligada à Igreja. No momento, os olhos estão voltados para a Paraíba. Se o impasse for resolvido por lá, a federação estará praticamente selada.
Escândalo: Diretor de hospital em Floriano pagou R$ 2,7 milhões à própria empresa.

O diretor do Hospital Regional Tibério Nunes, em Floriano, Leonardo Corrêa está na mira do Ministério Público do Piauí. Segundo investigação, o gestor ligado ao deputado Marcus Kalume , contratou a própria empresa, a L.C.M., para prestar serviços à unidade de saúde entre 2021 e 2022, recebendo um total de R$ 2,7 milhões em contratos. Além da suspeita de favorecimento e conflito de interesses, o MP aponta acúmulo ilegal de cargos públicos por parte de Leonardo Corrêa no setor de saúde no município. Corrêa, que teria sido indicado ao cargo pelo suplente de deputado Marcus Kalume (atualmente em exercício), pode ser indiciado pelo Ministério Público Estadual por improbidade administrativa e outros crimes relacionados à gestão pública.
Investigação: PF apura envolvimento de autoridade e advogado no caso do tablet e celular da vereadora.

A Polícia Federal está investigando quem teria levado um tablet e um celular para a vereadora Tatiana durante o período em que esteve detida no Comando Geral da Polícia Militar. Segundo fonte da coluna, uma autoridade com mandato teria visitado a parlamentar acompanhada de um advogado. O mais grave: ambos não teriam sido devidamente identificados na lista oficial de visitas, como determina o protocolo. A situação levanta sérias suspeitas e pode configurar quebra de regras em ambiente de custódia. Para investigadores, o episódio vai além de uma simples “lambança”: alguém terá que responder por isso, e dificilmente o caso passará impune. A PF segue apurando os detalhes, e os desdobramentos podem atingir nomes com foro privilegiado.