Jornal Nacional completa 50 anos com festa e lançamento de livro

Em 1º de setembro de 1969, entrava no ar a primeira edição do Jornal Nacional. Naquela noite, Hilton Gomes e Cid Moreira apresentavam as principais notícias do Brasil e do mundo em rede nacional.

Meio século separa aquela noite histórica da noite em que Cid Moreia e William Bonner se encontraram para festejar a trajetória do JN, que se tornou o principal telejornal do país.

“No meu tempo o jornal era analógico, hoje é digital. No meu tempo a bancada era compensado, hoje é uma nave espacial. Então, todos estão de parabéns, obrigado a todos”, disse Cid Moreira.

Os 50 anos de história do JN foram escritos por centenas de profissionais que trabalham incansavelmente em busca de informação de qualidade. Informação que, de segunda a sábado, chega à casa de brasileiros de todos os cantos do país.

A apresentadora Renata Vasconcellos falou do legado do jornal no ano de seu cinquentenário.

“É um privilégio você poder ter um jornal como o JN, 50 anos. Eu acho que hoje, basicamente, você ter uma equipe de profissionais muito experimentados, jornalistas profissionais que fazem essa curadoria para trazer a informação checada, rechecada, combater as fake news… Então, acho que hoje um desses legados do Jornal Nacional é justamente essa capacidade da equipe de levar até o espectador a informação checada e rechecada e combater a fake news também. É um dos legados”, disse .

Encontro de gerações

Os profissionais do Jornal Nacional se reuniram para celebrar esse aniversário. Entre eles, estava Alice Maria, uma das criadoras do JN ao lado de Armando Nogueira, que morreu em 2010.

Sérgio Chapelin, que formou dupla com Cid Moreira, também participou da comemoração. Só na primeira fase dele no jornal, foram 11 anos.

“Sou um locutor vindo do interior que falava para uma rádio de 100 watts de potência. E aí você passa a falar pro Brasil inteiro. Eu vou reclamar de quê? Muita sorte, muita sorte, algum talento… E muita determinação, muita disciplina, porque ninguém consegue fazer uma carreira, e eu passei muitos anos, passei pelo rádio até chegar na televisão, então sempre tive muita disciplina, muita noção de cumprimento do meu dever”, disse Chapelin.

Apresentadores, repórteres de várias gerações, editores, produtores, repórteres cinematográficos, técnicos: estavam todos na festa, onde foram lembrados grandes momentos da história do jornal. Também foram lembrados os colegas que morreram no exercício do jornalismo.

Fátima Bernardes falou do orgulho de ter feito parte da história do jornal. “Quando comecei a fazer jornalismo eu nem imaginava que um dia as mulheres estariam naquela bancada, então ter podido ser uma daquelas mulheres é incrível pra minha história. Eu acho que me capacitou pra muita coisa. […] É uma história total no jornalismo de 25 anos, então ter passado 14 deles no Jornal Nacional foi maravilhoso, tô muito feliz de estar aqui.”

Livro do JN é lançado

A Editora Globo lançou o livro “JN — 50 anos de telejornalismo”, na comemoração dessa data tão especial. Em 457 páginas, os depoimentos de fundadores da Globo, de diretores e jornalistas que fazem o Jornal Nacional todos os dias.

Há relatos não só dos que aparecem no vídeo, mas também dos que trabalham atrás das câmeras. Estão presentes na publicação os bastidores das grandes coberturas, a política, a economia, o esporte, as reportagens especiais e exclusivas, as coberturas internacionais, a vitória no Emmy, em 2011, com a cobertura da ocupação do Complexo do Alemão, no Rio.

O editor-chefe e apresentador, William Bonner, conhece bem esse trabalho diário, que está registrado nas páginas do livro.

“O livro de 50 anos reúne depoimentos de nós todos que integramos esse grupo que fazemos o JN. Depoimentos colhidos pelo Memória Globo. São temas obrigatórios num livro de cinquentenário que tem sempre um texto introdutório redigido por alguém que abraça tudo aquilo que você lerá nos depoimentos seguintes. É um livro muito bonito, a gente espera que todos gostem e se emocionem com eles. […] Nos dias de hoje, a celebração de um órgão de imprensa com a relevância do JN completando 50 anos é uma forma de dizer ao Brasil que nós, jornalistas profissionais, estamos aqui, estamos atentos e não desistimos, mesmo que os percalços sejam grandes e crescentes. Nós não desistimos, nós estamos aqui e em nome do nosso compromisso profissional, e esse compromisso é com o povo brasileiro, com o cidadão brasileiro, com a democracia”, disse Bonner.

Patrícia Poeta comentou o privilégio que foi ter apresentado o jornal. “Eu costumo dizer que o JN é a coroa do telejornalismo brasileiro. E eu acho que é isso que ele representa pra gente. Pra nós, jornalistas, e também pras famílias brasileiras, pra quem acompanha o JN. Eu tenho um carinho muito grande pelo Jornal Nacional. Como telespectadora sempre tive, e como jornalista que trabalhou nele”, disse a jornalista.

Fonte: G1