A realeza segue dezenas de protocolos, em especial quando algum integrante da dinastia britânica morre. Nesta sexta-feira (9/4), o príncipe Philip faleceu aos 99 anos, conforme anunciou o Palácio de Buckingham pelo perfil do Instagram The Royal Family. Com a perda do patriarca da família, haverá, instantaneamente, uma dança das cadeiras entre os títulos reais. Quem deverá ficar com a denominação de duque de Edimburgo é o seu caçula, Edward.

Philip foi nomeado duque de Edimburgo pelo sogro, o rei George VI, após casar-se com Elizabeth em 1947. Com a morte do patriarca da realeza, o título deverá ser passado a Edward, atualmente conde de Wessex. Contudo, ele não assumirá o papel por agora. Segundo as regras de um acordo firmado entre os anos 1980 e 1990, o príncipe Edward só poderá tomar posse após a morte da mãe, a rainha.

De acordo com o texto da Carta Patente emitida por George em 1947, o título de duque de Edimburgo de Philip seria dado a Charles por ser o filho mais velho dele com a rainha Elizabeth II. Entretanto, o primogênito da monarca já detém a denominação de príncipe de Gales e é o primeiro na linha sucessória do trono britânico. Com a ascensão de Charles ao posto, a nomenclatura se fundirá com a Coroa e, tecnicamente, poderá ser concedida a Edward.

A rainha Elizabeth II e o marido, príncipe Philip, decidiram dar o título a Edward como forma de reconhecer o trabalho e dedicação dele com o Prêmio Internacional do Duque de Edimburgo. O conde Wessex atua como curador e presidente da premiação fundada por seu pai. A causa da morte do patriarca real não foi revelada, embora ele tenha ficado com a saúde comprometida após ser submetido a uma cirurgia no coração em março.

O procedimento cirúrgico ocorreu bem e Philip voltou para os aposentos no Castelo de Windsor. Além da mulher, Elizabeth, ele deixou quatro quatro filhos — Charles, Anne, Andrew e Edward —, oito netos e 11 bisnetos. Prestes a completar o centenário em 10 de junho, o então duque de Edimburgo era filho do príncipe André e da princesa Alice da Grécia.

Fonte: Marina Ferreira e Claudia Meireles / Metrópoles