Fim de semana de fúria deixa 11 mortos e 1462 feridos no Chile

A segunda-feira começou sem protestos no Chile, apesar dos atos convocados para acontecer à tarde. O metrô da capital, Santiago, voltou a funcionar parcialmente após o toque de recolher que vigorou em várias regiões das 20h de domingo (20) às 6h desta segunda.

Desde sexta-feira (18), uma onda de protestos violentos deixou 11 mortos e 1.462 detidos.

O metrô, que transporta diariamente quase 3 milhões de pessoas, estava fechado desde sexta, depois que 78 estações e trens sofreram ataques durante violentas manifestações que começaram por causa do aumento nas tarifas do metrô. A empresa estatal que administra o sistema avalia que o prejuízo deve chegar a mais de 300 milhões de dólares.

Entenda em cinco pontos os protestos no Chile:

  1. Governo anunciou um aumento de 30 pesos na tarifa do metrô, equivalente a 20 centavos de real;
  2. Violência aumentou nos protestos a partir de sexta (18), após confrontos com a polícia;
  3. Chile decretou, no sábado (19), estado de emergência por 15 dias, e Exército foi às ruas pela 1ª vez desde a ditadura;
  4. Presidente chileno suspendeu o aumento na tarifa do metrô, mas os protestos continuaram;
  5. Metrô de Santiago fechou e o aeroporto da capital chilena teve voos suspensos.

Na manhã desta segunda, primeiro dia depois de três jornadas de distúrbios, foi reaberta uma parte das estações da linha 1 do metrô, uma das sete que integram a rede da capital. Para que as pessoas pudessem voltar ao trabalho, 465 ônibus extras foram colocados em circulação.

O general Javier Iturriaga, responsável pelo estado de emergência decretado no país, declarou que houve um “despertar lento, com calma” após o fim do toque de recolher, que vigorou na região metropolitana de Santiago, Valparaíso, Coquimbo, Biobío e Antofagasta.

“Estamos conscientes de que a cidade está retomando suas atividades lentamente e temos todas as forças necessárias para qualquer situação de risco”, afirmou.

Fonte: G1