MP-PI expede recomendação para adequações das irregularidades no Hospital de Campanha do Ginásio Verdão

O Ministério Público do Estado do Piauí (MP-PI), por meio do Grupo Regional de Promotorias de Justiça Integradas na Defesa da Saúde Pública (SUS), expediu a Recomendação ao secretário de Estado da Saúde, Florentino Alves Veras Neto, para que sejam tomadas providências para adequações das estruturas das obras do Hospital de Campanha do Ginásio Verdão às normas vigentes, decorrente das irregularidades constatadas em vistoria realizada em 23 de abril de 2020.

O secretário terá que apresentar e disponibilizar ao MP-PI e no site da Secretaria de Estado da Saúde do Piauí (SESAPI) o detalhamento dos serviços terceirizados e os que serão executados pela própria SESAPI, bem como os respectivos contatos. Também precisará fazer o detalhamento dos processos de contratação de recursos humanos (número de profissionais médicos, enfermeiros, técnicos em enfermagem, fisioterapeutas, assistentes social, psicólogos, técnicos de radiologia e pessoal de apoio – agente de portaria, zeladores, maqueiros e outros), de recursos materiais, medicamentos e insumos, bem como informar a real capacidade de atendimento, descrevendo fluxos de admissão e direcionamento na rede e dos protocolos médicos de atendimento e de testagem.

O secretário também deverá cobrar da contratada PROGEN Projetos Gerenciamento e Engenharia S/A o integral cumprimento do contrato, com a instalação da infraestrutura de pontos de oxigênio em todos os leitos e de exaustores nos blocos, de modo a criar ambiente de pressão negativa, que a empresa regule a correta distribuição da circulação de ar, atendendo à determinação da DIVISA, adeque as camas instaladas e obedeça ao distanciamento entre os pés dos leitos à área de circulação às distâncias previstas na Nota Técnica 69/2020, de um metro e meio.

O MPPI recomenda, ainda, que sejam adotadas medidas para reduzir risco de acidentes com cadeirantes, ante a inadequação da rampa de acesso à área das quadras e das inadequações relacionadas à ausência de banheiros nas proximidades das enfermarias.

Por fim, dentro de cinco dias, um responsável legal deverá ser indicado para o andamento e funcionamento do Hospital, definindo se a administração será feita pela própria SESAPI, terceirizada a outros órgãos públicos, por meio de convênio, ou entidades privadas. Ainda nesse prazo, o MPPI recomenda que se defina como deverá ser instalado sistema de tratamento das águas servidas, da canalização de gás, vácuo e ar e a SESAPI estabeleça fluxos de resíduos e roupas contaminadas, defina como serão prestados serviços auxiliares, adquira electrocardiógrafo, disponibilize ambulância e inicie contratação e capacitação da mão de obra necessária para o início do funcionamento dos leitos, seja via contratação direta, seja via terceirização.