‘Genocídio’, diz presidente do SIMEPI ao denunciar que FMS está remanejando médicos especialistas para urgências e emergências

O Sindicato dos Médicos do Estado do Piauí (SIMEPI), recebeu denúncias de médicos servidores da Fundação Municipal de Saúde (FMS), que trabalham em regime ambulatorial junto ao Hospital e Maternidade Dr. Luiz Milton de Arêa Leão, no bairro Satélite, que especialistas foram remanejados, sem negociação prévia pela diretoria do hospital, para atendimentos de urgências e emergências. Conforme o Sindicato, a medida altera as jornadas dos profissionais que passam do regime ambulatorial para o plantonista, além da carga horária e do local de trabalho.

A presidente do SIMEPI, Dra. Lúcia Santos, comentou as denúncias e teceu duras críticas à FMS e ao presidente Gilberto Albuquerque.

“Não paramos de ver horrores dessa politicagem em Teresina. A gente não cansa de ver medidas erradas e de se surpreender com os absurdos dessas medidas tomadas. Primeiro, que o lockdown seria para preparar o sistema de saúde e minimizar as perdas de vidas. Fizeram hospitais de campanha, desmontaram, roubaram, desviaram dinheiro e no fim, não significou nada para o atendimento da população de Teresina. Agora, mais uma vez, e essa não é uma nova onda. Essa nova cepa vai ser como uma nova pandemia e nem sabemos quando isso vai acabar, então, realmente, as pessoas precisam de seus trabalhos, para poder se sustentar. E mais uma vez, o sistema de saúde não está preparado. Aí, o presidente da Fundação Municipal de Saúde atual, faz um circo de horrores onde, depois de muito tempo parado as outras patologias, sem assistência, quando finalmente voltam os atendimentos, querem pegar os especialistas arbitrariamente, de especialidades que não são urgência e emergência e, não é só por conta de uma carga horária, que já é uma coisa grave de se fazer com um funcionário, porque o contrato dele vem dizendo a carga horária do ambulatório”, disse em entrevista concedida ao programa Rádio Jornal da Pioneira 2ª Edição, apresentado por de Filipe Leal

Ela ainda reiterou que, muitos dos profissionais, além de não atuarem como plantonistas, possuem comorbidades, o que teria sido ignorado pela FMS.

“Não só isso, tem a questão que eles são médicos com comorbidades, onde a gente ouviu o presidente da Fundação dizer que comorbidades, não existe. É muito triste a gente ver um gestor, e ainda médico, dizer um negócio desses. O que a gente pede é que pelo menos volte a ter um pouco de equilíbrio e possa ser m pouco melhor, porque agora está um desastre”, disse a presidente que continuou afirmando que também não estão sendo disponibilizados EPIs para os profissionais.

A médica afirmou que enquanto não houver diálogo com a classe, os profissionais não irão realizar os atendimentos.

Defesa ao tratamento precoce


Dra. Lúcia Santos ainda defendeu a realização de um tratamento precoce para amenizar os impactos da doença.

“Atendi na minha casa uma vizinha, que o irmão dela é funcionário da Prefeitura, que está na UPA do Satélite, quase morrendo, e ela querendo um leito pra ele. Eu respondi que não tem mais leito. E questionei se eles fizeram um tratamento precoce com hidroxicloroquina, ivermectina e me responderam que não. Então, não fizeram o tratamento precoce quando a gente pediu, tanto governador quanto prefeito e agora estão pegando e fazendo genocídio com a categoria médica. Mas nós não vamos aceitar”.

Ouça a entrevista na íntegra!