Rejane Dias e parentes receberam vantagens indevidas, diz PF

A Polícia Federal reiterou, no início da tarde desta segunda-feira (27) que a primeira-dama do estado do Piauí e deputada federal, Rejane Dias (PT), juntamente com seu irmão, Rogério Ribeiro, receberam “vantagens indevidas” com o superfaturamento dos contratos licitatórios realizados durante sua gestão na Secretaria de Educação, entre os anos de 2015 e 2017.

De acordo com a PF, além da deputada e do irmão, quatro servidores lotados no setor financeiro da Seduc, que também foram alvos da ação, estariam envolvidos no esquema de fraude.

“Eles (servidores) atuavam no setor financeiro e, portanto, tinham papel importante na conclusão dos pagamentos feitos pela secretaria. Destes, três foram afastados de suas funções”, informou a delegada Milena Caland, durante coletiva de imprensa.

Veja o que diz a delegada:

Governador classifica operação como ‘espetáculo’

O governador Wellington Dias (PT), se pronunciou e criticou a Operação, classificando-a como um ‘espetáculo’.

Em nota encaminhada à imprensa, ele disse que o Estado é vítima e “o maior interessado na resolução desta questão e irá trabalhar para que tudo seja plenamente esclarecido”.

Leia nota

O governador Wellington Dias lamenta e repudia a forma como se deu a operação da Polícia Federal na manhã dessa segunda (27) em sua casa onde, atualmente, mora seu filho e família, que nunca tiveram nenhuma função no estado. Seu filho é médico e trabalha na linha de frente do combate ao coronavírus e desde março o governador mantém distanciamento recomendado pelas organizações para a preservação da saúde. O governador classifica a operação como mais um espetáculo e destaca que a vida toda ele e sua família sempre agiram respeitando as leis e as instituições.

Sobre a Operação Topic, o governador esclarece que as investigações são contra empresas acusadas de fazer cartel e referentes a processos e contratos do ano de 2013, quando ele não era governador do estado. Uma operação nestes moldes se torna desproporcional e desnecessária já que estamos falando de um fato de 2013 e em um processo em que a ex-secretária da Educação, hoje deputada federal, por meio de seu advogado, se prontificou, por duas vezes nos últimos meses, para prestar esclarecimentos, bem como para repassar todo e qualquer documento ou equipamento necessário.

O governador ressalta que o Estado é vítima e o maior interessado na resolução desta questão e irá trabalhar para que tudo seja plenamente esclarecido. Enfatiza-se que, infelizmente, muitos espetáculos ainda poderão acontecer, mas ressalta que existe a lei de abuso de autoridade para que casos como este não aconteçam indiscriminadamente.

Por fim, é necessária prudência para que ninguém seja acusado injustamente e nem seja julgada sem o pleno direito de defesa.