Em meio a protestos de servidores e com forte esquema de segurança, Alepi discute a PEC da Previdência

Matéria atualizada às 13h00

Servidores públicos da rede estadual do Piauí realizam um protesto em frente a Assembleia Legislativa do Piauí (Alepi) contra a Reforma da Previdência Estadual.

Os servidores, reinvidicam que a PEC não tramite em regime de urgência e que seja realizada uma discussão mais ampla sobre os pontos que estão gerando maior debate, entre eles: o aumento do percentual da alíquota de contribuição e a inclusão de servidores, antes isentos, na contribuição.

A audiência pública aconteceu no Cine Teatro da Casa e contou com a participação de deputados, representantes do governo e de classes. A entrada do público foi limitada e contou com um amplo esquema de segurança, com policiais e grades de contenção. Isso segundo comunicado da presidência da Alepi, para que fossem evitados tumulto no local.

Em um determinado momento, os manifestantes tentaram invadir a Alepi, o que resultou em um confronto com a polícia. Uma pessoa chegou a ser detida. Veja o vídeo!

O presidente do Piauí Prev, Ricardo Pontes, representou o governo do estado e, segundo ele, a aprovação da proposta é de extrema importância para aliviar o déficit previdenciário do Piauí, que já ultrapassa a casa de R$ 1 bilhão.

Uma das representantes de classe, a vice-presidente da Ordem dos Advogados do Brasil, seccional Piauí, Allyne Patrício, disse que há inconstitucionalidade no regime de urgência e foi dura em suas colocações sobre a PEC.

“Não há outro encaminhamento aqui hoje, eu não vou discutir o slide, ou porcaria nenhuma, a não ser que seja tratada a retirada do regime de urgência. E reitero, que mesmo com a aprovação do texto, a OAB vai lutar. Quero ver qual vai ser a cara de vossas excelências, se passarem essa reforma sem menhuma discussão e o Supremo declarar inconstitucional”, disse Allyne Patrício.

Com o fim da audiência pública, a expectativa é que a matéria seja colocada em votação ainda hoje no plenário da Casa.