Cloroquina, politização e demissões: O embate no governo Bolsonaro em meio à pandemia

Ontem, a coluna fez um alerta em relação à politização do discurso sobre o uso da cloroquina. Falamos também que o presidente da República, Jair Bolsonaro, tinha interesse em ser, apenas, o ‘pai’ da medicação no País. Pois bem, ontem, após uma reunião entre Teich e Bolsonaro, o então ministro da Saúde, pediu demissão da pasta com menos de um mês em que a assumiu. O ex-gestor, não deu muitas explicações, apenas disse: “A vida é feita de escolhas. E hoje eu escolhi sair”. No entanto, as informações são de que o ex-ministro e o presidente tiveram discordâncias sobre as medidas para combate ao coronavírus. Principalmente, em relação ao uso da cloroquina no tratamento da doença. Bolsonaro quer alterar o protocolo do SUS e permitir a aplicação do remédio desde o início do tratamento, o fato também foi um dos motivos que levaram a demissão de Luis Henrique Mandetta. Em resumo, isso é mais uma prova de que, enquanto tudo for politizado, iremos continuar perdendo pequenas batalhas. Afinal, em um momento onde enfrentamos uma pandemia dessa extensão, é preocupante o fato de o país perder dois ministros da Saúde. Como já dito outras vezes, precisamos ter como foco a vida, e toda e qualquer medida, deveria ser tomada pensando essencialmente no bem estar e na saúde dos brasileiros.

Após demissão, Ministério da Saúde anuncia novas orientações para tratamento da Covid-19

O Ministério da Saúde confirmou que está em processo final da criação de um documento com novas orientações para o tratamento da Covid-19. Segundo a pasta, o objetivo é “iniciar o tratamento antes do seu agravamento e necessidade de utilização de UTI”. O documento conterá o novo protocolo do Ministério da Saúde sobre o uso da cloroquina, autorizando o uso do medicamento no início do tratamento. A ordem pela nova definição, foi feita por Eduardo Pazuello, secretário-executivo do ministério da Saúde, cumprindo decisão de Jair Bolsonaro.

Por falar em Pazuello…

Foto: Reprodução

O general Eduardo Pazuello, assumiu interinamente o Ministério da Saúde, mas, se depender dos auxiliares militares do governo, ele se manterá permanentemente no cargo. Depois que chegou no ministério, ele já havia, inclusive, escolhido outros militares para cargos estratégicos da pasta. Pazuello é visto por seus pares militares como “determinado” e conhecido “por fazer acontecer”. Mas o que esperamos mesmo, é que a oratória se aplique na prática.

Aumento na ocupação de leitos UTI’s em Teresina preocupa Firmino

Os índices de isolamento social em Teresina continuam caindo, enquanto isso, os casos confirmados de covid-19 sobem capital. Na última quinta-feira (14), apenas 44,7% dos teresinenses ficaram em casa, segundo levantamento da startup recifense InLoco. Este percentual foi o menor registrado pelo monitoramento da semana. A maior taxa aconteceu na terça-feira (12), quando o índice ficou em 47,4%. Com os percentuais permanecendo abaixo dos 50%, Teresina está cada vez mais distante do índice de 73%, considerado eficaz, pela Organização Mundial de Saúde (OMS), para conter a disseminação do novo coronavírus. O que geraum preocupação ainda maior, de acordo com o prefeito Firmino Filho, dos 166 leitos de UTI’s destinados para o atendimento de pacientes com a Covid-19, 107 estão ocupados.

Brasil chega 14.817 mortes por coronavírus

Foto: Reuters

O Brasil registrou em um único dia 15.305 novos casos confirmados de coronavírus, um número recorde, segundo o Ministério da Saúde. No total, as confirmações chegaram a 218.223 no país. O número de mortes também cresceram, 824 fora, em 24 horas, totalizando no geral 14.817.

Cotando ‘vírus político’, Themístocles defende eleições em 2020

O presidente da Assembleia Legislativa do Piauí (Alepi), deputado Themístocles Filho (MDB), reafirmou seu posicionamento favorável a manutenção das eleições ainda para o ano de 2020. O deputado emedebista se diz contra a prorrogação de mandatos, alegando que tal medida seri prejudicial para as cidades. Themístocles defende que o pleito seja realizado dentro do prazo normal, pois segundo ele, as filas em uma eleição municipal são bem menores as de lotéricas, pois para o deputado, “o vírus está virando um vírus político”.