A inflação oficial de preços do Brasil ganhou ritmo pelo segundo mês seguido ao subir 0,23% em agosto, mostram números divulgados nesta terça-feira (12) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
A nova aceleração do IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) foi puxada pela alta no valor das contas de luz (+4,59%) e dos combustíveis (+0,87%). Os aumentos revertem a deflação de 0,85% apurada pelos alimentos.
A alta dos preços reflete os reajustes das tarifas de energia elétrica nas cidades de Vitória (ES), Belém (PA), São Luís (MA) e São Paulo (SP). “O aumento na energia elétrica foi influenciado, principalmente, pelo fim da incorporação do bônus de Itaipu, referente a um saldo positivo na conta de comercialização de energia elétrica de Itaipu em 2022, que foi incorporado nas contas de luz de todos os consumidores”, explica André Almeida, gerente responsável pelo IPCA.
Entre os combustíveis, o avanço dos preços é motivado pelos aumentos da gasolina (+1,24%) e do diesel (+8,54%). As variações determinaram a alta de 0,34% do grupo de transportes. Por outro lado, etanol (-4,26%) e o gás veicular (-0,72%) caíram na comparação com julho.
Ainda no segmento dos transportes, também se destacarm a alta do automóvel novo (+1,71%), influenciada pelo fim do programa de descontos do governo federal para estimular o setor automotivo. Também pesa no bolso o preço do táxi (+0,43%), decorrente do reajuste de 20% nas tarifas em Fortaleza (16,29%).
Com as variações, a inflação registra alta de 4,61% no acumulado dos últimos 12 meses, movimento que já afasta o índice de preços da meta de 3,25%. A margem de tolerância de 1,5 ponto (de 1,75% para 4,75%) ainda não foi superada.
Fonte: Portal R7