O Ministério Público de São Paulo e a Polícia Militar vão ter, em breve, novas operações mirando as ligações entre o Primeiro Comando da Capital (PCC) e os políticos no Estado. As ações do grupo criminoso no centro da capital paulista podem ser um dos alvos.
Segundo as fontes, o objetivo é desbaratar a simbiose que se criou entre o PCC e as forças políticas, a exemplo do que foi verificado nas linhas de ônibus em São Paulo e em outros setores de cidades do Alto Tietê e do litoral paulista. Só na operação deflagrada hoje (16) o esquema movimentava R$ 200 milhões.
“Chegou a hora da limpeza”, diz uma fonte. “É todo um ecossistema criminoso para lavar dinheiro do PCC via serviços públicos, o que compromete muito a segurança da população”.
Segundo as investigações, o PCC financia por meio de caixa dois campanhas de vereadores e prefeitos que, posteriormente, organizam licitações fraudadas de serviços públicos que são vencidas por empresas ligadas ao grupo. Os serviços públicos se tornaram uma forma do PCC lavar dinheiro, corrompendo políticos.
Também estão previstas novas fases das investigações envolvendo as empresas de ônibus urbano Transwoff e UPBus, que atuam na capital paulista e são suspeitas de também serem usadas na lavagem de dinheiro do PCC. O vereador Milton Leite (União Brasil) e o deputado federal Jilmar Tatto (PT) foram ouvidos no processo como testemunhas.
Para evitar vazamentos e corrupção, as operações estão sendo tocadas diretamente pela Polícia Militar de São Paulo e pelo GAECO (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) do Ministério Público de São Paulo, sem participação da Polícia Civil.
O trabalho é supervisionado diretamente pelo secretário de segurança pública, Guilherme Derrite, e pelo governador Tarcisio de Freitas (Republicanos).
Fonte: CNN