A votação do Projeto de Resolução na Comissão de Constituição e Justiça da Alepi (CCJ), que tratou sobre a viagem do governador Wellington Dias (PT), aos Estado Unidos, aconteceu nesta terça-feira (26) sob protestos realizados pelo Sindicato dos Trabalhadores em Educação Básica do Piauí (SINTE-PI) e de um grupo se aprovados no último concurso da Polícia Civil.
O objetivo do movimento é pressionar os deputados a votarem contra o Projeto de Lei nº 06/2019, encaminhado pelo governador Wellington Dias na semana passada. O texto prevê a suspensão por um ano de promoções, progressões de carreira, bem como a contratação de novos servidores e a concessão de reajustes salariais a todas as categorias que compõem o serviço público do Piauí. Segundo a categoria, a medida“sacrifica os servidores públicos em prol do crescimento da economia no Piauí”.
“Eu represento os aprovados no último concurso público para os cargos de delegados, agentes e peritos. Com esse texto que trata sobre o congelamento dos salários, progressão de carreira e a não contratação de novos servidores, nos vemos impossibilitados. Nós abrimos mão da nossa vida pessoal, estudamos, somos pessoas qualificadas e estamos aqui para mostrar isso. Nós não podemos esperar por mais um ano”, disse Hellen Passos, aprovada no último concurso da Polícia Civil.
Ao ser questionado sobre o que poderia ser feito pelos servidores, o deputado estadual Francisco Lima, líder do governo na Alepi apenas afirmou que tudo o que foi proposto está previsto dentro da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF)
“É importante lembrar que tudo que está sendo proposto no texto da reforma administrativa, está de acordo com a Lei. Uma vez, que a Lei de Responsabilidade Fiscal estabelece o congelamento do reajuste de salários e convocação para cargos em determinados momentos quando o estado ultrapassa o limite da LRF”, afirma.
O parlamentar ainda acrescentou que será a Casa está aberta ao diálogo, no entanto, deixou claro que, nesse primeiro momentos, não haverá nenhuma alteração na proposta apresentada.
“A Casa está aberta ao debate e vai fazer tudo que estiver dentro da lei e for importante para o estado nesse momento. No entanto, acredito que não haverá nenhuma alteração quanto a medida, pois a reforma tem a intenção de enxugar despesas para tentar adequar ao limite que a lei estabelece’, concluiu o deputado.