FMS inicia encoleiramento de cães contra leishmaniose nesta quarta (8)

A Fundação Municipal de Saúde, por meio da Gerência de Zoonoses, inicia nesta quarta-feira (8) o terceiro ciclo do encoleiramento de 9.660 cães para combater a leishmaniose visceral (calazar). 

A ação acontece nas residências no bairro Angelim com 4.740 cães e posteriormente atenderá o bairro Santa Maria da Codipi com 4.920 animais.

Os profissionais da Gerência de Zoonoses estarão reunidos às 8h desta quarta no colégio do Residencial  Dignidade, zona Sul de Teresina, para iniciar o deslocamento até as residências.

Já foram coletadas 18.672 amostras de sangue de animais e que após o término dessa etapa serão selecionadas novas áreas de trabalho tendo como base os critérios definidos na nota técnica do Ministério da Saúde.

Essa ação atende a uma determinação do Ministério da Saúde iniciada no mês de dezembro de 2021 como uma nova estratégia para controle da leishmaniose visceral que consiste na técnica com uso de coleiras impregnadas com inseticida, às quais em contato com a pele, promove uma lenta liberação do princípio ativo (deltametrina 4%) repelindo a aproximação do vetor de transmissão da doença. 

O gerente de zoonoses da FMS, Paulo Marques, explica que o objetivo dessa ação é evitar a contaminação dos animais. “A coleira está impregnada com deltametrina a 4%, princípio ativo repelente e inseticida recomendado pela Organização Mundial da Saúde como uma das principais formas de controle do leishmaniose”, informa.

Com o uso da coleira interrompe o ciclo de transmissão do parasita, e consequentemente o risco de infectar outro animal ou ser humano reduzindo assim do coeficiente de prevalência canina e da incidência dos casos humanos de Teresina.

LEISHMANIOSE VISCERAL

Trata-se de uma doença infecciosa grave que acomete os órgãos internos, principalmente fígado, baço e medula óssea. É causada por um parasito chamado Leishmania. A transmissão se dá através da picada de insetos popularmente conhecidos como “mosquito palha”, “cangalha” “birigui”, “tatuquira”, entre outros.

O cão é a principal fonte de infecção para o inseto transmissor e, para que a doença ocorra, o inseto deve picar um cão doente e depois picar a pessoa saudável. Os principais sintomas da doença são: febre de longa duração; aumento do fígado e baço; perda de peso; fraqueza; redução da força muscular; anemia.