Uma fonte ligada ao Partido Liberal (PL) Nacional confirmou a esta coluna que o ex-presidente Jaír Bolsonaro deve desembarcar em Teresina e seguir em um jatinho menor rumo a Floriano, onde irá fortalecer o apoio ao prefeito e pré-candidato à reeleição, Antônio Reis. Logo depois, ele deve seguir ao litoral piauiense para apoiar Francisco Emanuel em Parnaíba, cidade onde conquistou 34,32% dos votos nas últimas eleições.
Na capital, Jaír Bolsonaro, não deve se encontrar com Silvio. O ex-ministro de Bolsonaro, senador Ciro Nogueira, tem se esforçado para que Bolsonaro não se interesse por Teresina, porque acredita que o ex-presidente seria um desastre para Silvio Mendes.
Em Floriano, o gestor Antônio Reis conta com o apoio do ex-prefeito e presidente estadual do Progressistas, Joel Rodrigues, e tem como 'padrinho' político o senador Ciro Nogueira. O ex-presidente quer garantir que nomes ligados ao bolsonarismo consigam vencer nas grandes cidades piauienses, dessa forma, fortalecendo a direita no estado mais lulista do Brasil. O esforço é para não perder o comando de importantes municípios, como Floriano.
Na cidade litorânea de Parnaíba, Bolsonaro irá fortalecer os vínculos com seu velho amigo, o prefeito Mão Santa. O apoio é natural, tendo em vista que, em muitos momentos, ambos apertaram as mãos. A relação entre Jair Bolsonaro e Mão Santa é bastante próxima e, desde as eleições de 2018, trocam afagos públicos. O prefeito, por exemplo, já condecorou o presidente com uma placa em praça pública e prometeu homenagear o pai de Bolsonaro, colocando seu nome em uma nova ponte na cidade.
Uma das agendas deve ser a visita à ponte que ligará o centro da cidade à praia de Pedra do Sal, prevista para ser inaugurada em agosto deste ano. A pedra fundamental da nova ponte sobre o Rio Igaraçu, em Parnaíba, foi lançada em setembro de 2022, em uma grande solenidade que contou com a participação do prefeito Mão Santa, do ex-ministro-chefe da Casa Civil do governo Bolsonaro, senador Ciro Nogueira, e do senador Elmano Férrer (PP). Batizada com o nome de Geraldo Bolsonaro, pai de Jair Bolsonaro, a ponte tem 120 metros de comprimento.
Durante a pandemia, Bolsonaro recebeu Mão Santa, após o prefeito referir-se à contaminação como um “vírus boiola”. O termo, usado para se referir a homossexuais, é considerado pejorativo. “O vírus sempre existiu, vai existir, é um microorganismo menor que causa doença. Mas, esse é um vírus boiola, de pouca malignidade”, disse o gestor, que também é médico. Em seguida, Mão Santa – que já foi deputado estadual, senador e governador do Piauí – afirmou que o vírus não é pior do que o Congresso Nacional, que ele classificou como “apodrecido”.