Perícia vai fazer reconstituição do crime em que adolescentes foram mortos em Teresina

A Perícia Criminal do Piauí vai fazer uma reconstituição simulada do crime do assassinato dos adolescentes Anael Colins e Luian Ribeiro, que foram espancados e mortos a tiros no dia 13 de novembro de 2021. A data da reconstituição não foi divulgada.

Anael e Luian ficaram dois dias desaparecidos e foram encontrados mortos no dia 15 de novembro de 2021, em uma região de mata na PI-112, entre Teresina e União. Os dois primos Guilherme de Carvalho e João Paulo Carvalho estão presos suspeitos do crime. O pai de Guilherme, Francisco das Chagas de Carvalho, de 70 anos, também foi preso, mas teve a prisão domiciliar concedida por ser hipertenso e portador de arritmia ventricular.

Segundo o delegado Francisco Costa, o Barêtta, coordenador do Departamento de Homicídio e Proteção à Pessoa (DHPP), a reconstituição foi um pedido da defesa dos suspeitos, e que foi acatado pela Justiça. Os policiais do DHPP, que fizeram a investigação, vão acompanhar o procedimento.

A reconstituição será realizada na região de mata onde os corpos das vítimas foram encontrados, na PI-112, e no sítio onde morava Francisco das Chagas Carvalho, local que os adolescentes teriam invadido, foram imobilizados e agredidos pelos acusados.

“É um direito da defesa, para evitar qualquer dúvida, e garantir que eles tenham direito a ampla defesa. Mas a investigação foi bem feita, não há muito o que se descobrir agora, meses depois do crime, nesses locais”, comentou o delegado.

O CRIME:

Luian Ribeiro de Oliveira, de 16 anos, e Anael Natan Colins, de 17 anos, foram encontrados mortos em 15 de novembro, na zona rural Leste de Teresina, após ficarem dois dias desaparecidos. Os dois eram amigos de infância e moravam na região do bairro Planalto Uruguai, na Zona Leste da capital.

Em 12 de novembro de 2021, os dois estariam juntos e tinham a intenção de entrar em uma festa que acontecia num sítio localizado na BR-343, no bairro Gurupi, na saída Leste de Teresina. Segundo o delegado Barêtta, os dois jovens invadiram o sítio do servidor público Francisco das Chagas Sousa, 70 anos, para entrar em uma festa que acontecia no terreno ao lado.

Após serem flagrados pelo proprietário, foram dominados por ele e pelo filho, o advogado Guilherme Carvalho. Eles chamaram então o sobrinho de Francisco, o empresário João Paulo Carvalho, 35 anos, para que ajudasse a levar os dois jovens de lá.