Família diz que morte de garçom com mais de 15 tiros em Teresina foi engano

O Departamento de Homicídios e Proteção a Pessoa (DHPP) segue investigando a morte do garçom Márcio Lázaro da Silva, de 30 anos, assassinado na última segunda-feira (06) com mais de 15 disparos de arma de fogo na Rua José Nati, na Vila Santo Afonso, região do Matadouro, na zona Norte de Teresina.

Para o Ronda Nacional, Thaís Cristina, a esposa da vítima, disse que o sentimento da família é de revolta, pois Márcio Lázaro era um pai de família, trabalhador e não tinha envolvimento no mundo do crime. Ele foi abordado e executado enquanto voltava de um supermercado em uma moto, com a esposa logo atrás em um veículo de motorista de aplicativo.

“Isso que me revolta, porque se ele fosse bandido, ‘não, era bandido. Se envolveu porque ele quis. Eu não ia aceitar ele dentro da minha casa e não ia aceitar nem o velório dele, porque eu tenho é medo dessas coisas’. Mas não, Silas. Eu sei. Eu estou falando porque eu sei! Quem me conhece sabe quem sou eu. Eu não aceito isso. Eu sou uma mulher trabalhadora, ele era trabalhador e minha família é trabalhadora. Nós somos pobres, mas somos honestos”, desabafou a esposa.

O coordenador do DHPP, delegado Francisco Costa, o 'Baretta', reiterou que a polícia segue investigando o caso. “A polícia está investigando independentemente se foi morto por engano. Porque os homens mataram ele ali? Outra: os indivíduos mataram, entraram no carro e foram embora. Aparecem outras histórias de que os assassinos mataram por engano. Onde que já se viu isso. Outra coisa, o código de processo penal é muito claro. Se mataram por engano ou não, problema é deles. Porque o código penal diz: erro na execução ou erro de pessoa, responde do mesmo objeto do crime”, destacou o delegado.