Uma operação da Polícia Civil do Piauí investiga fraudes na prestação de serviço do Departamento Estadual de Trânsito (Detran) envolvendo a falsificação de documentos com a finalidade de aplicar golpes com veículos inexistentes; apenas o número do Chassi era válido. Os golpes aconteceram com pelo menos 37 documentos/veículos e tinham a participação de funcionários do órgão.
De acordo com a investigação, iniciada pela equipe do 13º Distrito Policial, as fraudes causaram o prejuízo de pelo menos R$ 12 milhões em um único inquérito policial, mas a estimativa chega a R$ 1 bilhão. A operação – denominada Hydra de Lerna – acontece nesta quinta-feira (30) e cumpriu 21 mandados de busca e apreensão e de prisões temporárias.
Foram vítimas das fraudes o próprio órgão, além de outras pessoas físicas e jurídicas. O delegado Odilo Sena, do 13º Distrito Policial, comentou que a investigação localizou “inúmeras documentações relativas ao primeiro emplacamento que foram falsificadas com a intenção de se obter o DUT/DUAL com a finalidade principal de aplicar golpes na rede bancária com veículos inexistentes (veículos fakes)”.
Segundo o delegado, a cadeia criminosa agia “desde a compra do veículo na fábrica se estendendo até o comprador final, passando pelo DETRAN-PI e por rede bancária”.
A operação contou com as equipes do 13ª Delegacia de Polícia Civil, com apoio do Grupo de Repressão ao Crime Organizado (Greco), Delegacia de Prevenção e Repressão a Entorpecentes do Piauí (Depre), Delegacia de Polícia Interestadual (Polinter), Departamento de Inteligência da Polícia Militar do Piauí, Delegacia de Repressão ao Crime Organizado (DECOR), Delegacia de Repressão a Crimes de Informática (DRCI), 17º Distrito Policial de Timon, Delegacia Regional de Campo Maior, Delegacia Estadual de Captura (DICAP), Gerência de Polícia Especializada (GPE), 12º Distrito Policial, Força Integrada de Segurança Pública (FEISP) e Polícia Rodoviária Federal (PRF).