O policial militar que reagiu ao assalto que ocasionou a morte da menina Débora Vitória, de seis anos, foi ouvido pela delegada Nathália Figueiredo, do Núcleo de Feminicídio do Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP) da Polícia Civil, no final da tarde dessa segunda-feira (14). Na ocasião, a arma do oficial foi apreendida e será encaminhada para exame pericial de confronto balístico.
De acordo com o coordenador do DHPP, delegado Francisco Costa, o Barêtta, o exame pericial de microcomparação balística irá elucidar de onde partiu o tiro que atingiu a criança e se o PM praticou excesso na intervenção de forma dolosa ou culposa.
“A arma será encaminhada imediatamente para ser confrontada com outros elementos colhidos no local do crime. Vamos solicitar celeridade nesse resultado”, declarou o delegado.
Barêtta explicou que a Polícia Técnico Científica tem dez dias para concluir a análise das armas e dos tiros disparados. O prazo pode ser prorrogado, caso de necessidade de outros exames. Somente após o resultado da perícia ficará definida a autoria dos disparos e se houve dolo ou culpa por parte do PM durante a ação.
“A mãe falou que o tiro que ela mesma levou foi disparado pelo assaltante, que também estava armado e que, quando entrou em casa, ainda ouviu troca de tiros. A Polícia Civil irá verificar tudo”, relatou.
O delegado explicou ainda que os delitos praticados por policiais militares contra pessoas comuns são julgados pelo Tribunal Popular do Júri, mas a Corregedoria da PM pode instaurar procedimento administrativo disciplinar para apurar a conduta.