Caso Janaína Bezerra: Polícia apura se estudante foi estuprada após morte

O coordenador da Delegacia de Homicídio e Proteção à Pessoa (DHPP), Francisco Costa, o Barêtta, disse em entrevista que até o momento não há indícios da participação de uma terceira pessoa na morte da estudante de Jornalismo, Janaína da Silva Bezerra, de 22 anos.

"Nós fizemos todos os levantamentos, aplicamos todos os procedimentos operacionais, que é o levantamento em local de crime, a oitiva de pessoas e exames necessários. Construímos toda uma cadeia de evidências e até agora não apareceu uma outra pessoa, mas, na investigação criminal, principalmente de homicídio, existe a possibilidade e a probabilidade, nós estamos investigando, nos 10 dias da conclusão do inquérito policial será levantado todos os fatos para que o inquérito seja instruído com a oitiva de pessoas com as provas testemunhais e com a prova material, e não deixe nenhuma dúvida. Nós vamos mandar o inquérito com a plena convicção para o poder judiciário", disse o delegado.

Barêtta disse ainda que o estudante não procurou ajuda e que dar entrada no hospital, a jovem já estava morta.

"Ele não procurou ajuda, ele estava saindo com a estudante nos braços quando foi notado pelo segurança e o segurança chamou a atenção quando viu o sangue nas vestes dele e bastante na roupa da moça, parou e ele foi e disse, não, é que minha amiga passou mal e eu estou levando ela para pedir socorro, veja bem o descompasso, se eu tenho uma pessoa passando mal, como é que eu não chamo o SAMU, vou levando ela, sabe-se lá para onde, mas o segurança viu, parou ele e chamou os outros seguranças e de lá conduziu ele e a moça para o Hospital da Primavera, que ao dar entrada, ela já estava morta, incluse, nós requisitamos à legista, para saber qual o tempo que ela já estava sem vida, criar uma linha do tempo de investigação, porque ele disse que teve relação sexual duas vezes consensual com ela e na terceira ela desmaiou e aí ela a deixou, e depois ele acordou por volta de 5h e ela continuava dormindo e pensava que ela estava cansada. Veja bem, a moça já estava em fase de esfriamento do cadáver, o jeito que ela foi encontrada, então, há um descompasso nas afirmações dele, que com certeza, com a cadeia de evidências que foram construídas para dar subsídio à autoridade policial para lavrar o auto de prisão ou que levasse ao meritíssimo de plantão a decretar a prisão, não vai deixar nenhuma dúvida, e o inquérito será concluído e vamos despachar esse inquérito para a delegacia de feminicidio, para que a delegada continue com todo o rigor necessário, porque nós não admitimos matadores de mulheres ficarem impune", disse.