O depoimento de Francisco Emanoel dos Santos Gomes, 22 anos, conhecido como Biel, acusado de participação no latrocínio que terminou com a morte da estudante de medicina, Flávia Cristina Wanzeler, de 23 anos.
Em depoimento aos policiais, no Departamento de Homicídio e Proteção à Pessoa (DHPP), Biel disse que foi chamado por Ceará e Macapá e que recebeu o valor de R$ 1.000 para participar do crime. Ele contou ainda que não efetuou o disparo e que o Ceará é quem estava com a arma na hora do disparo.
"Eu fui, fui chamado e recebi um valor, entendeu, R$ 1.000, mas eu não dei o tiro, quem me chamou foi eles dois, o Ceará e o Macapá. O Ceará estava com a arma dentro do carro. Quando eu me deparei, ele trancou o carro, aí ele desceu, eu deci atrás dele, aí eu escutei o barulho de um disparo, aí eu voltei para o carro, quando ele entrou foi dizendo que tinha dado um tiro, mas não disse que tinha acertado ninguém", disse o Biel.
O delegado Matheus Zanatta disse que, os detidos ficam jogando a culpa no outro, mas que os indícios apontam que o Biel teria sido o autor do disparo.
"Um fica jogando para o outro. O Ceará disse que foi o Biel que fez o disparo, já o Biel joga para o Ceará e o Macapá fala que se quer participou do latrocínio. Pelos elementos de informação que foi colhido, tudo indica que foi o Biel que fez o disparo de arma de fogo. Foi apreendido um revólver calibre 38 com ele, nós vamos fazer o exame de comparação balística para ver se o projétil disparado realmente saiu desse revólver", disse.
Zanatta disse ainda que, o carro usado pelos criminosos estava com a placa clonada e que a realização de uma blitz na ponte que liga Teresina a Timon, impediu que Biel com o veículo para o Maranhão, e reforçou a importância das blitzs.