Os presidentes do União Brasil, MDB e PSDB decidiram nesta terça-feira (15) que em até um mês as siglas definirão se vão se unir em uma federação partidária. O anfitrião do encontro foi o representante do União, Luciano Bivar.
Ainda não foi definido, caso de fato haja a federação entre os partidos, quais serão os critérios para a escolha dos candidatos. “Nós estamos cada vez mais convictos de que essa é a melhor solução pra um país ter uma força democrática” disse Luciano Bivar.
Após a reunião, de aproximadamente uma hora, Bivar, Baleia Rossi (MDB) e Bruno Araújo (PSDB) disseram que pretendem definir a possibilidade de federação até a primeira quinzena de março pra que haja tempo pros partidos se planejarem.
O presidente do PSDB afirmou que os partidos ainda esperam uma decisão do Cidadania, que negocia também com outras legendas. “O Cidadania me pede pra manifestar aos demais presidentes que participa desse projeto de construção coletiva” disse Araújo.
Rossi, presidente do MDB, emendou dizendo que “todos aqueles que quiserem se juntar aos três partidos pra construir um projeto de país que seja uma alternativa aos extremos e que busquem uma moderação na polícia, o equilíbrio, serão bem-vindos”.
Dos três partidos que se reuniram nessa terça-feira somente o União Brasil ainda não tem um pré-candidato definido. O MDB anunciou em dezembro a pré-candidatura da senadora Simone Tebet (MS) e o PSDB do governador de São Paulo, João Doria. Segundo Araújo, o governador, que venceu prévias no partido no fim de novembro, estaria disposto a abrir mão da candidatura caso assim entendesse a federação “Eu estou devidamente autorizado pelo nosso pré-candidato a dizer que ele se submete à autoridade dessa federação, eventualmente à essa construção”.
Conforme apuração do analista de política da CNN Gustavo Uribe, a pré-condição para um acordo, segundo integrantes das três siglas, é de que elas abram mão, pelo menos em um primeiro momento, das candidaturas próprias à Presidência. O movimento tem o apoio sobretudo de tucanos alinhados ao governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite. Na avaliação deles, a negociação pode representar uma saída honrosa ao governador de São Paulo, João Doria, que tem apresentado dificuldades em crescer nas pesquisas eleitorais.
Os presidentes dos partidos reafirmaram que as reuniões e negociações a partir de agora serão constantes.