Liz Truss foi nomeada primeira-ministra do Reino Unido nesta segunda-feira (5), vencendo uma corrida pela liderança do Partido Conservador no momento em que o país enfrenta uma crise de custo de vida, agitação industrial e recessão. Com informações da Reuters.
Após semanas de uma disputa de liderança divisiva, Truss saiu no topo em uma votação de membros do Partido Conservador, vencendo por 81.326 (57,4%) votos a 60.399 (42,6%).
"Vou entregar um plano ousado para cortar impostos e crescer nossa economia", disse Truss após o anúncio do resultado. "Vou responder à crise de energia, lidando com as contas de energia das pessoas, mas também lidando com os problemas de longo prazo que temos no fornecimento de energia."
O anúncio desencadeia o início de uma transferência de Boris Johnson, que foi forçado a anunciar sua renúncia em julho, depois que meses de escândalo viram o apoio ao seu governo se esgotar.
Ele viajará para a Escócia para se encontrar com a rainha Elizabeth na terça-feira para apresentar oficialmente sua renúncia. Truss o seguirá e será convidado a formar um governo pelo monarca.
Por muito tempo o favorito na corrida para substituir Johnson, Truss se tornará o quarto primeiro-ministro dos conservadores desde as eleições de 2015. Durante esse período, o país passou de crise em crise e agora enfrenta o que se prevê ser uma longa recessão desencadeada pela disparada da inflação, que atingiu 10,1% em julho.
A ministra das Relações Exteriores de Boris Johnson, Truss, 47, prometeu agir rapidamente para enfrentar a crise do custo de vida da Grã-Bretanha, dizendo que dentro de uma semana ela apresentará um plano para enfrentar o aumento das contas de energia e garantir o abastecimento futuro de combustível.
Truss sinalizou durante sua campanha de liderança que desafiaria a convenção ao eliminar os aumentos de impostos e cortar outras taxas em um movimento que alguns economistas dizem que alimentaria a inflação.
Isso, mais a promessa de revisar o mandato do Banco da Inglaterra enquanto protege sua independência, levou alguns investidores a abandonar a libra e os títulos do governo.