Ex-vereador diz que Petrus “vendeu” CPI das Águas.

O ex-vereador Antônio José Lira voltou ao centro de uma polêmica neste fim de semana, após gravar e divulgar um áudio em grupos de WhatsApp sugerindo que o vereador Petrus Avelyn , conhecido pela página “O Piauiense”, teria “vendido” a CPI das Águas — proposta para investigar a atuação da empresa Águas de Teresina, responsável pela distribuição e o esgotamento sanitário na capital. Segundo o áudio de AJL, que já foi líder do governo na gestão do ex-prefeito Firmino Filho, Petrus teria forçado a abertura da CPI, mas agora estaria atuando nos bastidores para arquivá-la. O ex-vereador ainda destaca a mudança de postura de Petrus após sua eleição: “Foi eleito levantando bandeiras nas redes sociais, mas mudou completamente seu comportamento. Nem mesmo o gabinete mantém transparência, assim como os cargos que ocupa na Câmara.” Antônio José Lira finaliza sua crítica com uma frase dura: “Parece que é mais um caso em que Teresina comprou gato por lebre.”

Vereadores fora da gestão prometem dificuldades para Silvio Mendes. 

Muitos vereadores de Teresina, que fizeram campanhas caras e enfrentam dificuldades para atender suas bases, estão demonstrando arrependimento com o atual mandato. A principal queixa é a exclusão da gestão de Silvio Mendes, que tem restringido indicações políticas, obrigando os parlamentares a abrirem mão de assessorias técnicas para acomodar militantes em seus gabinetes. Enquanto isso, apenas um pequeno grupo de vereadores mais alinhados com o prefeito teria conseguido indicações de até 10 servidores terceirizados. Em gestões anteriores, mesmo os menos prestigiados contavam com cerca de 100 nomes nomeados. O clima de insatisfação deve ser sentido esta semana, quando Silvio Mendes comparecerá à Câmara Municipal para prestar esclarecimentos sobre o rombo financeiro na Prefeitura de Teresina. O ambiente promete ser hostil. A recepção, desta vez, não será de “bons amigos”.

Chico Lucas foca na mídia, enquanto Teresina vive onda de terror com assaltos. 

Apesar do governador Rafael Fonteles ser, disparado, o gestor que mais investiu em segurança pública nos últimos 20 anos, o reflexo desses investimentos para a população ainda é tímido — e, para muitos, parece mais uma ação de marketing. A Secretaria de Segurança tem apostado em operações com forte apelo midiático. Os chefes da segurança se revezam nos holofotes, com ações previamente divulgadas à imprensa, o que frequentemente afasta os alvos e compromete a eficácia das operações. Ao mesmo tempo, programas de TV seguem exaltando o discurso do secretário Chico Lucas, que pinta um cenário de paz que não condiz com a realidade das ruas. Os dados são alarmantes: de 4 a 5 homicídios por dia, além de quase 100 assaltos à mão armada diariamente, muitos com requintes de crueldade. Nas delegacias distritais da periferia de Teresina, a estrutura é praticamente inexistente, salvo raras exceções. No interior, a situação também é crítica — como no caso de Corrente, onde a Justiça determinou a interdição da delegacia regional por total falta de condições de funcionamento. A população, enquanto isso, continua refém do medo.

Paulo Márcio assume comando do MDB em Teresina.


O cardiologista Paulo Márcio tomou posse neste fim de semana como presidente do diretório municipal do MDB em Teresina. Ele foi candidato a vice-prefeito na chapa encabeçada por Fábio Novo (PT) nas últimas eleições. A posse foi prestigiada por diversas lideranças emedebistas da capital, muitas das quais compartilham a percepção de que, se Paulo Márcio tivesse sido o cabeça de chapa na disputa passada, o resultado eleitoral poderia ter sido outro. Nome popular dentro do partido, o médico tem se consolidado como uma das principais figuras do MDB na capital. Ele deve ser anunciado como primeiro suplente do senador Marcelo Castro, em uma estratégia para agregar apelo popular à candidatura majoritária da sigla — movimento semelhante ao adotado pelo Progressistas, que escolheu Joel Rodrigues como suplente do senador Ciro Nogueira.

Piauí ainda é um dos líderes em trabalho informal no país. 


Uma pesquisa divulgada na última sexta-feira pelo IBGE revela que o Piauí ocupa a terceira posição no ranking nacional de trabalhadores na informalidade, com uma taxa alarmante de 54%. O estado fica atrás apenas do Maranhão e do Pará, que registram índices de 57%. Em 2023, o Piauí atingiu seu maior número de piauienses em situação de instabilidade desde 2019, quando a taxa bateu o recorde de 60%. Os dados mais recentes indicam um retrocesso, mesmo com o crescimento no número de empresas abertas no estado. Esse contraste evidencia um problema estrutural: a maioria dessas novas empresas não gera empregos formais, sendo, em muitos casos, apenas de fachada. O cenário reforça a necessidade de políticas públicas eficazes para combater a informalidade e promover geração de renda com direitos trabalhistas garantidos.