Após os últimos desdobramentos políticos que davam sinais de uma possível aliança Marcelo Castro e Ciro Nogueira na disputa pelo Senado, o Palácio de Karnak convocou uma reunião de emergência. Resultado: o governo bateu o martelo , a chapa governista ao Senado será formada por Marcelo Castro e o deputado Júlio César, com o vice-governador saindo novamente do PT. O anúncio foi envolto em simbolismos. Durante a Caminhada da Fraternidade, evento católico que contou com presença maciça de políticos, o governo tentou emplacar o discurso da “união pela paz”. Mas quem não sentiu os ventos da tal fraternidade foi o atual vice-governador Themistocles Filho. Sem direito a fala ou sequer a indagação se essa nova composição faria sentido político, Themistocles foi simplesmente ignorado , mais uma vez. Assim como em 2018, quando foi descartado pelo PT, conseguiu apenas garantir uma vaga na Câmara Federal para o filho, Marcos Sampaio , e foi “jogado para as cobras” depois. Agora, o que restará ao vice-governador?Vai tentar barrar a candidatura de Castro Neto e exigir apoio a seu filho, Marco Aurélio ?  Buscará abrigo político com Wellington Dias, que também tem pretensões de lançar o filho como vice? Ou assumirá, de uma vez por todas, que nunca foi parte real do governo Rafael , e pode virar desertor dessa gestão que o exclui mesmo ocupando o segundo cargo mais alto do Executivo estadual? A movimentação no Karnak joga luz sobre uma disputa interna silenciosa, mas que pode virar gritaria nos bastidores. E o vice, mais uma vez, ficou do lado de fora da foto oficial.

Prefeitos nogueiristas da base de Rafael cobram movimento dos deputados após gesto de Xavier. 

Prefeitos da base do governador Rafael Fonteles — de diversos partidos, inclusive do PT ,  que são ligados ao grupo político de Ciro Nogueira, começaram a cobrar publicamente dos seus deputados estaduais uma postura mais firme em apoio ao senador. A pressão aumentou após o gesto do deputado Fábio Xavier (PT), que, em Amarante, organizou um grande evento com presença de Ciro e reuniu toda a sua base da região. O movimento repercutiu entre os prefeitos, que agora esperam o mesmo engajamento dos demais parlamentares aliados. Para esses gestores, os deputados estaduais têm o dever de formar um verdadeiro “paredão” político, a fim de garantir a continuidade dos investimentos estaduais nos municípios ,  além das valiosas emendas articuladas pelo senador, mesmo sendo ele da oposição bolsonarista. O governador Rafael ainda reluta, tenta equilibrar sua base, mas deve enfrentar cada vez mais pressão na Assembleia Legislativa, onde os deputados que acompanham os prefeitos nogueiristas já sinalizam que irão “cobrir” os movimentos pró-Ciro nos municípios. E agora? A base segue firme com o governo ou vai pesar mais o jogo político nos bastidores da sucessão estadual?

Sem inteligência artificial: Prefeito de Uruçuí chuta o balde após 5 dias sem água. 

Cansado de ouvir discursos sobre modernidade, tecnologia e inteligência artificial enquanto sua cidade enfrenta cinco dias seguidos sem abastecimento de água, o prefeito de Uruçuí, Gilberto Júnior, decidiu se manifestar publicamente nas redes sociais. Em tom firme, Gilberto gravou um vídeo dizendo estar indignado com a indiferença com que o município — conhecido como a capital dos cerrados piauienses — tem sido tratado. Segundo ele, procurou a empresa responsável e até o governo do Estado, mas o que recebeu foi silêncio. “Enquanto falam de IA, o povo de Uruçuí está anestesiado sem água, sem resposta, sem respeito”, disparou o prefeito. Como se não bastasse, a empresa Ícone Comunicação, contratada pela nova concessionária de água, passou a tarde destruindo notas de esclarecimento em vez de apresentar soluções concretas para a população. Gilberto Júnior deixou claro que vai se indignar publicamente todas as vezes que Uruçuí for ignorada, e que não aceitará mais “respostas automáticas para problemas reais”.

Chico Lucas comemora avanço nos índices da segurança pública. 

O secretário de Segurança Pública do Piauí, Chico Lucas, utilizou suas redes sociais nesta segunda-feira para comemorar a melhoria nos principais indicadores da segurança pública no estado. Segundo o secretário, houve uma redução de 10% nos homicídios e quase o mesmo percentual nos casos de latrocínio (roubo seguido de morte), em comparação ao mesmo período do ano passado. Chico Lucas também destacou o avanço expressivo no combate ao tráfico de drogas, com um aumento de 500% nas apreensões, além do crescimento no número de prisões e operações realizadas, fruto da inteligência policial e integração entre as forças de segurança. Apesar da comemoração, o secretário foi direto: “Segurança pública não dá tempo pra comemorar. O trabalho precisa continuar. Mas a guerra contra o crime tem dado sinais claros de que estamos no caminho certo.” Outro ponto de destaque foi o aumento no percentual de esclarecimento de crimes, com ênfase para os homicídios investigados pela DHPP (Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa), que vem apresentando resultados cada vez mais eficientes.

Câmara quer o fim do IOF e o combate aos fraudadores do Fisco. 

A Câmara dos Deputados aprovou ontem, por ampla maioria , mais de 300 votos, a urgência para votar o fim da majoração do IOF (Imposto sobre Operações Financeiras). A medida foi celebrada por empresários e defensores do setor produtivo, que há anos denunciam o sufocamento fiscal sobre quem gera empregos no país. Mas há um ponto ainda mais sensível e que o Congresso parece, enfim, disposto a enfrentar: o combate aos privilegiados que fraudam o fisco e vivem impunes, mesmo com dívidas milionárias com o Estado brasileiro. Somente no Piauí, há nomes conhecidos que há mais de uma década resistem a pagar o que devem, protegidos por figurões do poder, e ainda desfrutam de verbas públicas, contratos e benesses, enquanto o povo é deixado para trás ,  sem escolas decentes, segurança eficiente e hospitais funcionando como deveriam. Está na hora de inverter essa lógica. Antes de se falar em aumento de impostos, que se cobre de quem deve. Que se vá atrás dos fraudadores do fisco, dos que devem milhões mas seguem impunes, sustentando luxo às custas do que deveria ser investido nas crianças, na saúde e na dignidade da população. Esta coluna se une a esse coro: é hora de dar nomes, cobrar contas e exigir justiça fiscal. Porque quem sonega imposto de forma sistemática e protegida não é esperto ,  é criminoso.

Deputado Aldo Gil critica “imposto do poço” em plena seca no Piauí. 

O deputado estadual Aldo Gil (PP), natural de Picos e filho do ex-prefeito Gil Paraibano, voltou à Assembleia Legislativa do Piauí com postura crítica e discurso forte. Após comandar a SDU Sul de Teresina, o parlamentar agora faz oposição ao governo e usou a tribuna para atacar a cobrança de taxas sobre águas subterrâneas, o conhecido “imposto do poço”. Em sua fala, Aldo destacou que a cobrança é um absurdo, especialmente em um momento crítico, em que mais da metade dos municípios piauienses enfrentam seca severa, com riachos, barragens e passagens d’água praticamente secos. “É inadmissível falar em taxa sobre água do poço agora. O povo está cavando para sobreviver, não para lucrar. É falta de sensibilidade e bom senso”, afirmou o deputado. Embora o decreto que institui a cobrança contenha exceções específicas, Aldo Gil argumenta que o momento sequer permite cogitar a taxação de algo tão essencial como a água, sobretudo no interior, onde a dependência dos poços artesianos é total. A crítica acende o debate sobre a política de recursos hídricos do estado e o impacto direto no pequeno produtor rural e na população mais carente, que depende da água do subsolo para consumo, agricultura e criação de animais.

Empresário acusado de aplicar golpes em Timon desaparece após atrair investidores com promessa de 10% ao mês. 

Um empresário conhecido como Chico do Pagode — popular em Timon (MA) e Teresina (PI) — desapareceu nos últimos dias, após ser acusado de aplicar um golpe financeiro em dezenas de pessoas. Ele atuava com uma empresa chamada “Extreme”, que operava supostamente como financeira e prometia rendimentos de 10% ao mês, independentemente do valor investido. Chico mantinha um escritório bastante movimentado no shopping Cocais, em Timon, onde recebia empresários, promotores de eventos, políticos e influenciadores que investiam valores cada vez maiores, embalados pela promessa de lucros rápidos. Segundo relatos de vítimas, o empresário sumiu repentinamente, esvaziou a sala comercial, que foi deixada até sem mobília, e rompeu contato com os investidores. Em seu último comunicado, afirmou que teve as contas bancárias bloqueadas e que estaria tentando “regularizar a situação”. A Polícia Civil do Maranhão já foi acionada e investiga o caso como possível estelionato. Estima-se que o prejuízo possa chegar a centenas de milhares de reais. O episódio reacende o alerta sobre pirâmides financeiras e promessas de lucro fácil. Como diz o ditado: " Quando a esmola é demais, o santo desconfia.”