Tutores da UAPI paralisam atividades após 3 meses de atraso salarial e estudantes temem não concluir o curso

Os tutores, professores e coordenadores do curso de Bacharelado em Administração oferecido pelo programa Universidade Aberta do Piauí (UAPI), estão com pelo menos três bolsas salariais em atraso e, por conta disso paralisaram as atividades. Os estudantes temem que com a situação, possam não finalizar as atividades, ou até mesmo não conseguir concluir o curso.

Richarle Tuira, estudante de administração do pólo da UAPI, em Miguel Alves-PI, conta que os alunos foram informados da paralisação através de um comunicado enviado por um dos coordenadores do curso.

A mensagem diz: “Infelizmente, gostaria de informar que os tutores estão paralisando as atividades por falta de compromisso da gestão do Estado em honrar com os pagamentos. Os Tutores, Coordenadores e Professores, estão com 3 (três) bolsas atrasadas, e sem previsão de pagamento. A nova disciplina não iniciou conforme o cronograma em virtude dos professores terem desistido de ministrá-la, ao saber dos atrasos no pagamento. O programa pode ser prejudicado e, infelizmente os maiores prejudicados são os alunos”, diz a mensagem enviada aos estudantes.

Mensagem encaminhada por um dos coordenadores do curso aos alunos.

O curso faz parte do Núcleo de Educação à Distância da Universidade Estadual do Piauí em parceria com a Secretaria Estadual de Educação e a Coordenação de Mediação de Tecnologia do Governo, e atende atualmente seis mil estudantes distribuídos em 120 polos em todo o estado.

“Os encontros presenciais nos polos acontecem a cada 15 dias. E tem também as aulas via plataforma com professores das disciplinas. Cada polo tem um tutor para acompanhar as atividades dos alunos e dar orientação. Mas com isso, está ocorrendo um atraso. Eu por exemplo, estudo no segundo período, e já era para estar estudando a segunda disciplina, o que não está acontecendo devido aos atrasos”, disse Richarle.

Nas redes sociais, os profissionais fazem campanhas e pedem a regularização dos salários.

Foto: Divulgação / Redes Sociais