PMT diz que não houve cortes nos salários de profissionais da saúde e responsabiliza Governo Federal por retirada de extras

Após manifestação dos profissionais de saúde realizada nesta terça-feira (02/03), a Prefeitura de Teresina emitiu uma nota afirmando que não houve corte nos salários dos servidores da saúde que eles continuam recebendo os 20% do adicional de insalubridade impostos pela lei.

No comunicado, a Prefeitura ainda atribui os cortes de horas extras ao Governo Federal e explica que, apesar do fim do repasse, de em torno R$ 13 milhões, o governo municipal manteve os pagamentos ainda no mês de janeiro.

Entre os pontos reivindicados pelos manifestam estão:

  • Corte da majoração da insalubridade 
  • Corte adicional do plantão
  • Cortes de salários do setor Covid 
  • Descontos abusivos por faltas
  • Uso das verbas do Previne sem repassar à categoria

Os profissionais ainda anunciaram a paralisação das atividades até sexta-feira (05/03) e adiantaram que, caso não haja um acordo plausível, a categoria pode deflagrar uma greve por tempo indeterminado.

Leia nota na íntegra

A Fundação Municipal de Saúde (FMS) de Teresina esclarece que não houve corte nos salários dos profissionais de saúde, eles continuam recebendo a insalubridade de 20% imposta em lei. O Governo Federal retirou os extras que eram recebidos em 2020 através de financiamento do Ministério da Saúde. O repasse financeiro do Ministério da Saúde girava em torno de R$ 13 milhões por mês e custeava despesas Covid em geral (incluindo os acréscimos salariais). O montante do MS foi cortado em dezembro de 2020. 

A Prefeitura de Teresina manteve ainda em janeiro de 2021,com recursos próprios, os pagamentos integrais. A FMS informa ainda que existe uma mobilização nacional das Prefeituras para tentar ver o custeio dessa despesa Covid junto ao Ministério da Saúde, mas os municípios ainda não obtiveram sucesso. 

O Ministério da Saúde cortou o custeio de despesas Covid como um todo, não só referente aos pagamentos extras para profissionais de saúde. Houve corte também quanto aos pagamentos de custos com insumos e outras despesas. A FMS custeia, no momento, com recursos próprios todas as despesas Covid na capital.