Foi detectada a presença de fungos e de ovos de parasita no molho de tomate da marca Fugini, vendido em Viamão, na Região Metropolitana de Porto Alegre (RS). A confirmação foi feita pelo IGP (Instituto-Geral de Perícias), após perícia em amostra do produto. A Polícia Civil do Rio Grande do Sul abriu inquérito para investigar a empresa por suspeita de crime contra as relações de consumo.

A empresa chegou a ser proibida de fabricar, comercializar e distribuir produtos pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), em março deste ano, mas a decisão foi suspensa em abril.

Segundo a polícia, o alimento contaminado pode estar associado a bactérias e produzir toxinas que são prejudiciais à saúde.

A delegada Jeiselaure de Souza afirmou que, a partir desta sexta-feira (19), serão interrogados os representantes da empresa. "Nós vamos começar a interrogar os representantes da empresa, os advogados já estiveram aqui, já tiveram vista do inquérito e acesso aos laudos e informaçãoes. No final da semana que vem, muito possivelmente, a gente encaminha para a conclusão do inquérito", afirma a delegada.

Procurada, a Fugini ainda não respondeu. Espaço está aberto para o posicionamento da empresa.

Em março, a Fugini passou por inspeção conjunta realizada entre Anvisa, Centro de Vigilância Sanitária de São Paulo e vigilância sanitária municipal, quando foram verificadas falhas consideradas graves no cumprimento das Boas Práticas de Fabricação e, por isso, as atividades da empresa foram suspensas.

As chamadas Boas Práticas de Fabricação são um conjunto de procedimentos a serem seguidos por empresas fabricantes de alimentos, necessários para garantir a qualidade sanitária desses produtos.

Elas englobam uma série de regras relacionadas à fabricação de um alimento e abrangem desde as condições físicas e higiênico-sanitárias das instalações até o controle de qualidade das matérias primas e do produto final, passando também por questões como saúde e capacitação dos trabalhadores, controle de pragas, armazenamento, transporte, documentação, entre outros.

Fonte; Portal R7