Robin da Carne é preso após prestar depoimento à polícia e se diz inocente: "sou um trabalhador"

O empresário Antônio Robson da Silva Pontes, conhecido como Robin da Carne, se apresentou, na tarde desta segunda-feira (14) à Delegacia de Repressão aos Crimes de Informática (DRCI), em Teresina. Ele foi preso após passar aproximadamente quatro horas prestando depoimento aos investigadores.

Ao sair da delegacia, não quis dar maiores detalhes. Apenas respondeu a um questionamento sobre a acusação, dizendo que não é criminoso, mas sim um trabalhador do ramo de carnes.

"Eu não sou criminoso não, eu sou um trabalhador. Eu trabalho é com carne e vendo carne e é isso aí mesmo", disse enquanto seguia para o carro.

Um dos oito alvos da segunda fase operação "Jogo Sujo", Robin tem um mandado de prisão temporário em aberto e se apresentou com seu advogado a sede da DRCI por volta das 14h40.

O advogado de defesa de Robin da Carne, Lúcio Tadeu, falou à imprensa em seguida. Ele disse que o cliente estava viajando e retornou para se submeter ao cumprimento do mandado de prisão, que prestou esclarecimentos à investigação, e que espera que ele seja solto o quanto antes.

"Como foi dito no início, ele ia se apresentar, se apresentou, falou o que tinha para falar, respondeu todas as perguntas do delegado, e tá aí para ser submetido ao cumprimento da decisão judicial, nada mais. Aconteceu aqui hoje o que já tínhamos dito desde a semana passada, ele estava viajando, chegou e se apresentou, e agora vai se submeter à ordem judicial, que é a prisão temporária, agora vamos trabalhar devido aos esclarecimentos que ele deu, a documentação que ele juntou, para antecipar a saída dele", disse.

Pouco antes do fim do depoimento de Robin da Carne, o delegado Humberto Macola disse que o investigado estava colaborando e apresentou novas informações ao inquérito.

"Ao contrario de todos os outros que foram presos, que não colaboraram e ficaram em silêncio, ele está colaborando bastante. Trouxe algumas informações bem contundentes e importantes pra gente", afirmou a autoridade policial.

Na semana passada, a Justiça prorrogou a prisão temporária de sete investigados e negou recursos para que os suspeitos cumprissem prisão domiciliar. Os envolvidos são investigados por estelionato, jogos de azar, indução ao erro do consumidor, lavagem de dinheiro e associação criminosa

Fonte: cidadeverde.com