O governo brasileiro decidiu chamar de volta ao país, o embaixador do Brasil em Tel Aviv, Frederico Meyer, nesta segunda-feira (19). A convocação acontece após a repercussão das falas do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sobre a Guerra de Israel.
Em meio à crise diplomática com o governo de Israel, Lula se reuniu nesta segunda-feira (19) no Palácio da Alvorada com o assessor especial da presidência Celso Amorim, ministros e auxiliares.
A expectativa é de que o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, faça uma declaração sobre o caso ainda nesta segunda-feira (19). O Itamaraty pensa na melhor forma de resolver a questão, sem precisar recuar sobre ela.
Depois da fala, o presidente Lula passou a ser tratado como uma “persona non grata” pelo governo de Israel, que aguarda uma retratação por parte do executivo brasileiro. O assessor especial de assuntos internacionais da Presidência disse que Lula não vai pedir desculpas por criticar o genocídio em Gaza, “não tem nada do que se desculpar”, afirmou.
Segundo apuração, Lula deixou claro que quer manter o posicionamento contra as ações do governo israelense, mas também quer reforçar que a crítica não se estende ao povo judeu.
A posição do governo de manter o posicionamento do presidente muda atitude que vinha sendo tomada pelo executivo de mediar o conflito e pedir por um cessar-fogo.