O assessor para assuntos internacionais do Palácio do Planalto, Celso Amorim, levou ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) a ideia de propor uma espécie de “segundo turno” na Venezuela.
Lula citou a possibilidade para ministros do seu alto escalão durante a reunião ministerial da semana passada. Amorim confirmou ao jornal Valor Econômico que falou com o presidente a respeito, mas ponderou que a hipótese é “embrionária”.
Segundo Amorim, o assunto nem sequer foi levado por Lula aos presidentes da Colômbia e do México – os três países têm atuado em conjunto na busca de soluções para pacificar a Venezuela, diante de um conturbado contexto pós-eleitoral.
O “segundo turno”, que na prática seria uma nova votação, teria a supervisão de observadores internacionais e precisaria ter a concordância de Maduro e da oposição. A contrapartida seria a retirada das sanções comerciais impostas pelos Estados Unidos e pela União Europeia.
A iniciativa, no entanto, ainda não encontra apoio dentro da diplomacia brasileira. Fontes do Palácio do Itamaraty afirmam que essa hipótese não está sendo considerada no momento: a posição do Brasil continua sendo a exigência da divulgação das atas de votação.
Fonte: CNN