O presidente Jair Bolsonaro vetou a distribuição gratuita de absorventes femininos para estudantes de baixa renda de escolas públicas e mulheres em situação de rua ou de vulnerabilidade extrema. A decisão tem repercutido pelo país e está sendo um assunto muito comentado nas redes sociais por anônimos e famosos.
Paolla Oliveira usou sua conta no Instagram e escreveu um longo texto com duras críticas ao governo federal: "É impressionante que ainda precisemos discutir essa questão. Mais impressionante ainda que ela SEJA VETADA. Absorvente não é um assessório estético, não é um item superficial. Absorvente é necessidade natural. Não é apenas higiene pessoal, mas um meio de manter a sociabilidade, de prevenir doenças, de diminuir inclusive a evasão escolar".
Também no Instagram, a atriz Fabiula Nascimento repostou uma publicação sobre o assunto. O mesmo fez Giovanna Antonelli, que, na legenda, escreveu um longo texto, em que se lê, entre outras coisas: "Dignidade menstrual não é luxo".
"Precisamos falar sobre o ciclo da pobreza menstrual! Infelizmente, uma realidade no nosso país. Pessoas que muitas vezes não tem renda suficiente para comprar absorventes ou ter acesso a banheiros e saneamento básico. Esse é um problema de saúde pública!!!!!! Além disso tem o risco de desenvolverem infecções ginecológicas, até a esterilidade. Foi vetada, pelo governo, a distribuição de absorventes e com isso, muitas pessoas vulneráveis vão ser atingidas. Iniciativas privadas em prol dessa causa existem, mas ainda não é suficiente. Dignidade menstrual não é luxo, ter direito e acesso a produtos menstruais é direito humano!!!!!!", postou Giovanna Antonelli.
Na mesma rede social, Claudia Raia postou uma ilustração em que se lê "absorvente é necessidade, não luxo" e escreveu: "Menstruação é uma questão de saúde pública, ter acesso a produtos menstruais é um direito e uma necessidade de higiene básica. O que infelizmente acontece nesse país, é que boa parte das pessoas que menstruam não possuem recursos financeiros para comprar absorventes e/ou ter acesso a saneamento básico. Você consegue imaginar o risco a saúde ginecológica? Estamos falando de riscos infecções, esterilidade e outras doenças. Ou seja, são direitos humanos em jogo, o governo vetar a distribuição gratuita de absorventes a quem mais precisa é, negar o direito de dignidade e saúde pública".
Preta Gil escreveu: "Em que século estamos, mesmo? Por que ainda precisamos nos desgastar por pautas ÓBVIAS? Hoje, mais uma vez, nós mulheres fomos desrespeitadas".
Fonte: Extra